Um palestino suicida explodiu-se perto de um posto do Exército de Israel na Cisjordânia ocupada nesta quinta-feira, matando pelo menos quatro israelenses, disseram testemunhas e membros do resgate. Um passageiro que dividia, inadvertidamente, o mesmo táxi com o suicida disse que soldados pararam numa blitz o carro em que viajavam e pediram para o homem descer.
– O homem saiu do carro devagar, fechou seu casaco e se explodiu – afirmou Nafez Shahin, 48.
Segundo uma fonte militar, a blitz foi montada em resposta a alertas da inteligência de que um homem-bomba estaria indo para Israel. O serviço de resgate israelense Zaka informou que ao menos quatro israelenses foram mortos. Médicos informaram que seis palestinos e outros dois israelenses ficaram feridos. O ataque representa um golpe à frágil trégua de dez meses dos grupos militantes, que termina no final deste ano. O crescimento da violência diminui as perspectivas de paz e pode complicar as eleições dos dois lados no próximo ano. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque de imediato.
– Eu estava perto do posto do Exército, ao sul de Tulkarem, quando ouvi uma explosão e houve outra explosão perto de um jipe israelense no posto – disse uma testemunha palestina, que foi atingida por estilhaços.
No dia 6 de dezembro, um homem-bomba palestino matou cinco israelenses em um shopping na cidade costeira de Netanya. Grupos militantes palestinos prometeram fazer ataques suicidas para se vingar de ações de Israel na Cisjordânia e dos ataques na Faixa de Gaza. Israel bombardeou a Faixa de Gaza nesta quinta-feira para estabelecer “área proibida”, destinada a evitar que militantes disparem foguetes da região, de onde as tropas foram retiradas há três meses, depois de 38 anos de ocupação.