A França diz que não discriminará nenhum fornecedor, mas exige que todos os fornecedores sejam monitorados para garantir a aprovação da agência de segurança cibernética.
Por Redação, com Reuters – de Paris/São Francisco
A Huawei terá sua primeira fábrica europeia na França, disse o presidente do conselho da empresa na quinta-feira, enquanto a gigante chinesa de telecomunicações tenta aliviar preocupações mundiais devido às acusações norte-americanas de que Pequim pode usar seus equipamentos para espionagem.

Liang Hua disse que a Huawei, maior produtora mundial de equipamentos de telecomunicações, investirá 200 milhões de euros na primeira fase da instalação da estação de base móvel. Ele disse que o projeto criará 500 empregos.
– Esta instalação fornecerá para todo o mercado europeu, não apenas o da França – disse Liang a jornalistas. “As atividades do nosso grupo são mundiais e, para isso, precisamos de uma presença industrial global”.
A decisão da Huawei
Não ficou claro imediatamente se a decisão da Huawei teve a aprovação do presidente francês Emmanuel Macron, que tentou atrair investidores estrangeiros, mas também conduziu alertas sobre a invasão chinesa na economia da União Europeia.
Liang disse que a Huawei delineou planos do grupo para o governo francês.
Não houve resposta imediata do escritório de Macron.
A França ainda não começou a implantar suas redes 5G, mas a maior operadora móvel do país, Orange, controlada pelo Estado, escolheu as rivais europeias da Huawei, Nokia e Ericsson.
As operadoras menores Bouygues Telecom e SFR, da Altice Europe, cujas redes atuais dependem fortemente da Huawei, estão pedindo a Paris que esclareça sua posição em relação à empresa.
A França diz que não discriminará nenhum fornecedor, mas exige que todos os fornecedores sejam monitorados para garantir a aprovação da agência de segurança cibernética, que está analisando os equipamentos da Huawei. Fontes próximas ao setor de telecomunicações dizem temer que a Huawei seja barrada na prática, mesmo que nenhuma proibição formal seja anunciada.
Amazon
A Amazon.com retirou de venda nas últimas semanas um milhão de produtos que afirmavam indevidamente que eram capazes de curar ou defender o usuário contra o coronavírus, afirmou a companhia na quinta-feira.
A Amazon também afirma que removeu dezenas de milhares de ofertas de que produtos com preços abusivos. A maior varejista da internet tem enfrentado críticas por causa de ofertas de produtos de saúde em sua plataforma. No início desta semana, a Itália abriu uma investigação sobre altas de preços de produtos como gel de higienização e máscaras sanitárias enquanto enfrenta o maior número de casos na Europa.
“Não há espaço para preços abusivos na Amazon”, afirmou uma porta-voz da companhia. Ela acrescentou que a empresa pode tirar do ar ofertas de produtos que prejudiquem a confiança dos consumidores, incluindo quando os preços são significativamente mais altos que os ofertados dentro ou fora da Amazon”.
A porta-voz não informou qual o critério usado para definir se um produto pode ser considerado como tendo preço abusivo.
A Amazon afirmou que monitora picos de preços e anúncios enganosos por meio de uma combinação de sistema automático e manual das ofertas.