Incêndio em Parque Nacional pode ter sido criminoso

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Publicado Terça, 14 de Agosto de 2001 às 16:54, por: CdB

O incêndio que destruiu mais de 10 mil metros quadrados de vegetação no Parque Nacional do Iguaçu na tarde de sábado (11), pode ter sido criminoso. Funcionários da empresa Rodovia das Cataratas, que têm a concessão para explorar o pedágio na BR 277, entre Cascavel e Foz, avistaram uma pessoa fugindo do local onde teve início o incêndio. Ele estava em uma caminhonete e foi perseguido por vários quilômetros, conseguindo escapar ao cerco na cidade de Santa Teresa do Oeste. Segundo o Corpo de Bombeiros de Cascavel, o incêndio ocorreu no quilômetro 617 da BR 277, próximo à cidade de Santa Tereza do Oeste. O comandante de operações, capitão Carlos Alberto Mascarenha Machado, afirmou que a equipe atuou por três horas para controlar as chamas e consumiu seis mil litros de água. Também participaram da operação funcionários do Ibama e da Rodovia das Cataratas e soldados da Polícia Florestal. "O incêndio ocorreu à beira da Estrada logo no começo do Parque Nacional", disse o capitão Mascarenhas. Segundo o Batalhão da Polícia Florestal de Foz do Iguaçu, localizado dentro do Parque Nacional, uma pessoa teria fugido do local onde o incêndio fora iniciado, mas os representantes não adiantam informações sobre as investigações. Os boletins afirmam, apenas, que a polícia tem as características do incendiário e que está a sua procura. Ontem (13) o Corpo de Bombeiros voltou a alertar para o perigo de incêndio. Os ventos fortes, o tempo seco e a vegetação seca facilitam a propagação do fogo. A orientação é que a população evite utilizar fogo para limpar lotes urbanos ou queimar lixo, para evitar novas queimadas. Tragédias - Agosto costuma ser o mês dos recordes em queimadas, tanto no uso agrícola controlado do fogo como nos incêndios resultantes de descuidos com a vegetação seca ao longo de estradas e perto de reservas florestais. De 1º a 7 de agosto, o satélite NOAA-12 registrou 5.245 focos de fogo. É um aumento brusco, pois em julho, no mês inteiro, foram 6.950 incêndios, apenas 32% a mais do que nesta primeira semana de agosto. Semana passada começou a queimar o interior do Ceará e Rio Grande do Norte, com alguns focos na Paraíba e estremo Oeste de Pernambuco. E surgiram altas concentrações também na Chapada das Mangabeiras, nas proximidades de Cotegipe e Barreiras e ao norte de Pilão Arcado, junto ao reservatório de Sobradinho, na Bahia. No Mato Grosso, os índices aumentaram bastante, de forma generalizada, assim como no Tocantins, Maranhão, Sul e Leste do Pará. Em Rondônia, começaram a queimar as áreas de pequenas propriedades rurais, entre Ariquemes, Jaru e Ouro Preto do Oeste. E até no Amazonas e no Acre surgiram alguns focos esparsos, numa antecipação da temporada usual de queimadas, assim como vem acontecendo no sertão nordestino desde junho.

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