Índice acelera reajuste dos alugueis, acima do previsto por economistas

Arquivado em:
Publicado Sexta, 28 de Janeiro de 2022 às 12:32, por: CdB

O resultado mensal ficou acima do registrado em dezembro, quando subiu 0,87%. Apesar da variação maior do primeiro mês do ano, o resultado acumulado ainda está em desaceleração. Em janeiro de 2021, o IGP-M acumulava alta de 25,71% em 12 meses. Analistas consultados pela agência norte-americana de notícias Bloomberg esperavam um avanço de 1,98% no mês.

Por Redação - de São Paulo
Indicador conhecido como a inflação dos contratos de locação, o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) voltou a acelerar em janeiro e variou 1,82% no mês. Com esse resultado, o índice vai a 16,91% no período de 12 meses, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas.
aluguel.jpg
O reajuste do aluguel, na maioria dos contratos, é calculado com base na variação do IGP-M
O resultado mensal ficou acima do registrado em dezembro, quando subiu 0,87%. Apesar da variação maior do primeiro mês do ano, o resultado acumulado ainda está em desaceleração. Em janeiro de 2021, o IGP-M acumulava alta de 25,71% em 12 meses. Analistas consultados pela agência norte-americana de notícias Bloomberg esperavam um avanço de 1,98% no mês, levando o índice a 17,12% para o período de um ano. Segundo o v (Ibre) da FGV, o resultado em janeiro foi influenciado principalmente pelo espalhamento da inflação de preços no atacado, medida pelo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% da composição do IGP-M.

Combustíveis

O índice subiu 2,30% em janeiro, puxado pelas altas de preços de minério de ferro, com valorização de 18,26%, e soja em grãos, com 4,05%. Sozinho, o minério foi responsável por 52% da variação do IPA no mês, diz o coordenador de índices de preços do Ibre-FGV, André Braz. Esses produtos são negociados em dólar, o que favorece as exportações. Calculadora da inflação: atualize valores com base nos índices IPCA, IGP-M, INPC e INCC O IGP-M também é composto pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). O primeiro monitora o efeito da variação de produtos e serviços e para os consumidores e é similar ao IPCA, a inflação oficial calculado pelo IBGE. O IPC variou 0,42% em janeiro, menos do que os 0,84% registrados em dezembro. No acumulado em 12 meses, está em 9,33%. A redução nos preços de combustíveis foi um dos principais pesos para a variação menor, com destaque para a gasolina, que saiu de uma alta de 2,24%, em dezembro, para uma queda de 1,62% no primeiro mês do ano.

Variações

As principais despesas a puxar o índice do consumidor para cima foram aquelas típicas do período, como curso de ensino superior (alta de 4,22%) e de ensino médio (4,65%). No INCC, os três principais grupos de despesas registrara, em janeiro, variações maiores do que em dezembro. Os materiais e equipamentos avançaram 1,05%, os serviços, 1,28%, e a mão de obra subiu 0,14%. Em 12 meses, o INCC está em 13,70%. A recomendação de corretores de imóveis, economistas e agentes do mercado imobiliário é que os inquilinos sempre tentem negociar ajustes mais razoáveis. Desde meados de 2020, quando o IGP-M entrou em aceleração, administradores de imóveis começaram a oferecer aos proprietários a possibilidade de usar o IPCA, como indexador dos contratos. Passaram também a incentivar as negociações de outros índices. Terão a correção do IGP-M de janeiro os contratos com vencimento em fevereiro. Um inquilino com uma locação de R$ 2 mil atualmente passará a pagar, a partir de março, R$ 2.338,20. A utilização de um índice de correção anual para os contratos é prevista na lei do inquilinato, mas os proprietários não são obrigados a usar a variação de maneira integral.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo