Índices nos EUA aumentam expectativa do mercado

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Publicado quarta-feira, 30 de agosto de 2006 as 13:06, por: CdB

A Bovespa abriu em alta nesta quarta-feira, com 36.520 pontos na primeira hora de negócios, de olho na decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sobre a taxa básica de juros da economia brasileira, mas não resistiu às pressões dos investidores e caiu -0,49%, às 12h54, para 36.126 pontos. Analistas de mercado creditam o recuo à volatilidade em Wall Street. A Bolsa de Nova York, no entanto, subia 0,232%, para 11393.31 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) também estava positiva em 0,08%, aos 2181.11 pontos. O mercado norte-americano analisava os dados sobre a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre do ano. A economia cresceu 2,9% no período, acima da estimativa anterior, de 2,5%, mas aquém do que os economistas esperavam.

A notícia tem duas faces: Uma é boa por reduzir os temores de que a inflação nos EUA pode disparar e causar novas elevações dos juros, após a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano (Fed), no último dia 8, manter inalterada em 5,25% ao ano a taxa básica dos juros, após uma série de 17 aumentos consecutivos. A outra é ruim, porque indica que a economia dos EUA mostra sinais preocupantes de uma desaceleração além do previsto por economistas. As pesquisas sobre gastos e renda pessoal, divulgadas nesta quinta-feira, e o índice de desemprego, na sexta, vão ampliar essa discussão.

O dólar comercial recuava 0,37%, vendido a R$ 2,13, enquanto o risco-país tinha queda de 1,32%, aos 224 pontos. De olho na atuação do BC no câmbio –a instituição tem realizado leilões quase diários de compra de divisas à vista–, a moeda norte-americana se desvaloriza devido ao ingresso de recursos no mercado, que continua elevado. O dólar paralelo ficava estável a R$ 2,30 e o turismo subia 0,44%, para R$ 2,24.