Indústria de brinquedos protesta contra elevação de preços

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Publicado Quinta, 08 de Abril de 2004 às 12:58, por: CdB

Presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa criticou nesta quinta-feira os aumentos de preços de praticamente todas as matérias-primas para a indústria de brinquedos. As elevações têm acontecido desde o primeiro trimestre de 2004.

- Os aumentos são abusivos e fora de propósito. Só para se ter uma idéia, o polipropileno registrou alta de 33% e polietileno, 27%. Soma-se a esses itens, os tecidos para roupinhas de boneca subiu 20%, resina PVC, 13%, rodas para carrinhos e cabelo de boneca, 12%, assim como o plástico, largamente utilizado, 15,8% - apontou Costa.

O empresário garantiu que não há a menor margem de negociação para o repasse destes aumentos para o consumidor:

- Não só o setor como a toda a economia vive um momento recessivo. O desemprego e falta de renda estão tirando cada vez mais consumidores do mercado. Como os empresários do brinquedo poderão suportar esses aumentos?

Para o presidente da Abrinq, trata-se de uma situação delicada que poderá ter conseqüências nefastas tanto para as empresas como os trabalhadores do setor. Não há como o setor reajustar preços. Assim, a única saída seria "sobreviver no giro de nossos produtos". Mas com a economia em queda a situação se complica.

- Esperamos que, da parte do governo, haja uma sinalização clara de retomada do crescimento econômico, para ontem. As atuais indefinições e excessiva cautela com relação à redução dos juros está prejudicando o País. De nossa parte, posso garantir que o setor produtivo está preparado para um"choque de produção", em troca de uma queda expressiva dos juros - concluiu.

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