A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou mais do que o esperado em dezembro, mas encerrou o ano com uma taxa inferior à de 2003, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. O IPCA-15 avançou 0,84% em dezembro, ante 0,63% em novembro. Em 2004, a alta foi de 7,54%, contra a de 9,86% em 2003 e a de 11,99% em 2002.
Analistas previam uma taxa próxima a 0,70% para dezembro. A aceleração sobre o mês passado deveu-se sobretudo aos maiores preços de administrados e de vestuário.
O litro da gasolina aumentou 3,45%, enquanto o do álcool combustível subiu 8,64%. As tarifas dos ônibus urbanos elevaram-se em 1,74%, as de telefonia fixa em 1,89% e os preços de Vestuário subiram 1,13%. Os preços de alimentos tiveram alta de 0,19%, após a queda de 0,05% em novembro.
A maior taxa em dezembro foi apurada em Belo Horizonte, de 1,51%, e a menor, em Fortaleza, 0,58%.
No ano
Em 2004, os preços da gasolina subiram 12,09%, contribuindo com 0,51 ponto percentual do IPCA-15 do ano, o maior impacto individual. Em 2003, a alta havia sido de apenas 0,63%. O álcool subiu 30,84% em 2004, após o declínio de 14,23% no ano passado. Os dois combustíveis contribuíram com 0,80 ponto percentual para a inflação deste ano.
Também pressionaram a taxa de 2004 os preços de telefone fixo – alta de 14,73% -, automóveis usados – 13,79% -, automóveis novos – 11,36% -, colégios – 11,22% -, remédios – 7,38% -, plano de saúde – 10,52% – e energia elétrica – 9,66%. Os alimentos subiram 3,64% – ante alta de 8,57% em 2003 – e contribuíram com 0,85 ponto percentual.
No ano, Curitiba teve a maior variação do IPCA-15, de 9,72%, e Salvador a menor, de 5,68%. Em São Paulo, a alta foi de 7,26%.
O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, apurando a variação de preços para famílias com renda até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença entre eles está no período de coleta.