A insegurança está desencorajando empreiteiras de tomar parte na reconstrução do Afeganistão, disse o ministro das Finanças afegão nesta terça-feira. O ministro Ashraf Ghani Ahmadzai também pediu que os afegãos canalizem seus impostos através do governo central, a fim de permitir que o país devastado pela guerra permaneça de pé.
"A falta de segurança é o maior problema para a participação do setor privado na reconstrução", disse Ahmadzai em um seminário sobre o orçamento do governo de Cabul e sua implementação. "Esse problema deveria ser resolvido. De outro modo, a reconstrução não pode ir adiante porque os empreiteiros aumentam seus preços dia após dia, dizendo 'que não há segurança"'.
Nos últimos meses, o nível de violência no Afeganistão atingiu o auge desde que as forças lideradas pelos Estados Unidos derrubaram o regime do Taliban, em 2001. No ano passado, foram mortas mais de 900 pessoas, incluindo mais de 30 trabalhadores estrangeiros, principalmente em ataques atribuídos a remanescentes do Taliban.
A maior parte do sul e do leste do país, onde o Taliban e militantes islâmicos aliados são mais ativos, está fora dos limites dos funcionários de agências humanitárias. Na semana passada, o grupo Médicos Sem Fronteiras anunciou que estava saindo do Afeganistão depois de 24 anos de serviços devido às ameaças de segurança. Onze engenheiros chineses que trabalhavam em uma estrada foram assassinados em maio, perto da cidade de Kunduz, no norte do país.