Investigação revela 'graves violações' em encontros com Johnson durante confinamento

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Publicado Segunda, 31 de Janeiro de 2022 às 09:58, por: CdB

Gray interrogou mais de 16 funcionários do governo que supostamente teriam participado das reuniões durante 20 meses entre 2020 e 2021, durante períodos em que o Reino Unido estava seguindo as restrições de um forte confinamento.

Por Redação, com Sputnik - de Londres

Um documento de 12 páginas foi divulgado nesta segunda-feira, dando poucos detalhes sobre o escândalo "partygate", eventos que aconteceram em prédios oficiais do Reino Unido.

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Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson

– Aconteceram falhas de liderança e julgamento por diferentes partes da residência oficial e do Gabinete em diferentes momentos. Alguns dos eventos não deveriam ter sido autorizados. Outros eventos não deveriam ter sido permitidos se desenvolverem da forma que foram – disse Sue Gray, a funcionária do governo responsável por escrever o relatório.

Durante as 12 páginas do relatório, Gray evitou especificar qualquer tipo de acusação direta ao primeiro-ministro Boris Johnson.

Gray interrogou mais de 16 funcionários do governo que supostamente teriam participado das reuniões durante 20 meses entre 2020 e 2021, durante períodos em que o Reino Unido estava seguindo as restrições de um forte confinamento.

Entre as regras vigentes à época estavam o fechamento de bares e restaurantes, a proibição de visitas a parentes doentes em hospitais e encontros ou reuniões com mais de seis pessoas.

– Em alguns momentos parecia haver muito pouca preocupação com o que estava acontecendo em todo o país, considerando se eram ou não apropriadas algumas dessas reuniões – escreveu Gray no relatório.

Ambiente profissional

A relatora salientou no documento que "o consumo excessivo de álcool em ambiente profissional nunca é apropriado". Ela também afirmou que "todo o país aceitou o desafio (de combater o covid-19)" e que "ministros, conselheiros e os servidores públicos" foram "parte-chave do esforço nacional".

A funcionária justificou a falta de detalhes no relatório dizendo que a Polícia Metropolitana havia pedido para ela não dar detalhes sobre as datas em que aconteceram as reuniões, nem outras informações que poderiam vir a prejudicar as investigações em andamento.

– Eles me disseram que só seria apropriado fazer referências mínimas às reuniões nas datas em que eles estão investigando – explicou Sue Gray.

Ela completou ainda dizendo que o governo não deveria esperar pelo seu relatório completo de 70 páginas ou pelos resultados das investigações policiais para agir.

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