A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou mais que o esperado em outubro e atingiu o menor patamar desde abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
A taxa caiu para 0,32%, ante a de 0,49% apurada em setembro. Economistas previam em média uma leitura de 0,38%. O recuo deveu-se sobretudo aos menores preços de alimentos, que caíram 0,26% após a alta de 0,42% em setembro. Os destaques ficaram com os declínios de tomate (10,49%), batata-inglessa (10,23%) e hortaliças (8,46%).
Os preços de álcool combustível avançaram menos, em 0,85% ante 8% em setembro. Os de gasolina tiveram queda de 0,67% em outubro, seguindo a elevação de 1,16% em setembro. Os preços foram coletados antes do reajuste dos combustíveis concedido pela Petrobras no dia 15.
Por outro lado, pressionaram o índice as tarifas de telefone fixo, com alta de 2,18% em outubro, ante 1,51% no mês anterior. As tarifas de energia elétrica passaram de queda de 0,03% em setembro para avanço de 0,71%.
Os preços de água e esgoto aumentaram 1,35%, contra 1,21% em setembro. Os de vestuário passaram de aceleração de 0,67% no mês passado para 1%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,97% e nos últimos 12 meses, de 6,64%. O IBGE acrescentou que a maior taxa do IPCA-15 foi apurada em Goiânia, de 1,17%, enquanto a menor foi registrada em Curitiba, com queda de 0,02%.
O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, apurando a variação de preços para famílias com renda até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença entre eles está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário, enquanto o outro apurou a variação dos preços entre 14 de setembro a 13 de outubro.