Iraque faz ameaças e diz não temer os EUA e o Reino Unido

O Iraque "cortará a cabeça de todo aquele que ousar estender sua mão para o interior de sua fronteira", assegurou nesta segunda-feira, em tom ameaçante, o ministro iraquiano de Relações Exteriores, Nayi Sabri. Em declarações à televisão oficial do Iraque, o chefe da diplomacia iraquiana destacou, além disso, que seu país não teme os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido, cujos aviões de guerra sobrevoam diariamente o norte e o sul iraquiano, e em algumas ocasiões atacam 'posições militares'. Sabri também fez um pedido ao resto dos países árabes para que ponham fim às ameaças dos Estados Unidos e intermedeiem para conseguir a reconciliação e a unidade árabe. Depois dos atentados de 11 de setembro em Washington e Nova York, a Casa Branca adotou um discurso abertamente bélico contra o Iraque, a cujo atual regime, presidido por Saddam Hussein, não esconde que quer ver derrubado. Segundo um porta-voz da Aeronáutica iraquiana, pelo menos um civil morreu e sete ficaram feridos hoje, segunda-feira, em bombardeios aéreos americano e britânico contra posições no sul do Iraque. Desde que em 1991 uma Força Internacional expulsou o Iraque do Kuwait, emirado que tinha invadido em 1990, aviões americanos e britânicos sobrevoam diariamente o território iraquiano para proteger 'zonas de exclusão aérea' impostas com o objetivo declarado de proteger as minorias curdas e xiitas que vivem nelas. No último sábado, aviões de combate americanos bombardearam posições iraquianas no sul do país, confirmou em um comunicado o Pentágono.