Uma mulher israelense foi morta a tiros na Cisjordânia, de acordo com a polícia de Israel, na manhã desta segunda-feira. A morte ocorre logo depois do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, adiar o encontro entre o presidente da autoridade palestina, Yasser Arafat, e o ministro das Relações Exteriores israelense, Shimon Peres. Segundo entendimentos em curso, os dois líderes devem manter o encontro para esta terça-feira. Rafi Yaffe, um porta-voz da polícia israelense, afirmou à agência de notícias Reuters que palestinos atiraram em um carro, matando a israelense, perto da vila de Bardaleh, na Cisjordânia. O governo de Israel afirma que não vai negociar com os palestinos enquanto não houver um cessar-fogo. Os israelenses também criaram uma zona intermediária, de exclusão, de 30 quilômetros de comprimento em partes da Cisjordânia - os palestinos não têm acesso a estas áreas. Entrada proibida A zona de exclusão passa pelas cidades de Tulkarm e Jenin, consideradas pelos israelenses como centros de atividades de militantes palestinos. Segundo uma declaração do Exército de Israel, a entrada na área "está proibida a todos os moradores palestinos da Cisjordânia, a não ser que eles tenham uma permissão especial". A morte da israelense ocorre depois de um período de relativa calma, depois que o Exército de Israel fez uma rápida incursão no território controlado por palestinos, na Faixa de Gaza, no sábado. A entrada ocorreu depois do Exército israelense afirmar que palestinos dispararam dois morteiros contra o assentamento judeu de Kfar Darom em Gaza. Ninguém foi ferido. Autoridades israelenses afirmaram no domingo que o líder palestino Yasser Arafat ignorou o cessar-fogo de 48 horas exigido por Ariel Sharon, como condição para a retomada das conversações de paz. Sharon acrescentou que um encontro entre o ministro das Relações Exteriores israelense, Shimon Peres, e Arafat, pode não acontecer. Pressão americana Os Estados Unidos estão pressionando o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, a retomar as negociações com os palestinos, para conseguir o apoio de árabes e muçulmanos à coalização internacional contra o terrorismo. O secretário de Defesa americano, Colin Powell, afirmou que o governo em Washington ainda está pressionando os dois lados para a retomada das conversações de paz no Oriente Médio. "No momento estamos trabalhando para ver se conseguimos que o Sr. Arafat e o Sr. Peres se encontrem em um futuro próximo", disse Powell em uma entrevista. Arafat não fez comentários diretos a respeito do cancelamento do encontro de domingo. Mas ele acusou Israel de explorar as condições atuais, depois dos atentados de 11 de setembro aos Estados Unidos.
Rio de Janeiro, Quinta, 18 de Abril de 2024
Israelense é morta e encontro Arafat e Peres fica para esta terça-feira
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Publicado Segunda, 24 de Setembro de 2001 às 13:58, por: CdB
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