As mortes pela epidemia de covid-19 na Itália aumentaram em 610 nesta quinta-feira, ante alta de 542 no dia anterior, e o número de novos casos também acelerou a alta, com 4.204 novos registros, em comparação com as 3.836 da véspera.
Por Redação, com Reuters – de Roma/Londres
As mortes pela epidemia de covid-19 na Itália aumentaram em 610 nesta quinta-feira, ante alta de 542 no dia anterior, e o número de novos casos também acelerou a alta, com 4.204 novos registros, em comparação com as 3.836 da véspera.

A contagem diária de casos desta quinta-feira foi a mais alta desde 5 de abril, o que representa uma decepção para um país que está em quarentena desde 9 de março, ansioso por sinais de que a doença esteja recuando.
O número total
O número total de mortos na Itália desde o surgimento do surto em 21 de fevereiro chegou a 18.279, disse a Agência de Proteção Civil, o que representa a maior quantidade no mundo.
O número de casos confirmados subiu para 143.626, a terceira maior contagem global, atrás dos Estados Unidos e da Espanha.
Havia 3.605 pessoas em terapia intensiva na quinta-feira, contra 3.693 na quarta-feira, um sexto declínio diário consecutivo que oferece boas notícias, apesar da subida em novos casos e mortes.
Dos infectados originalmente, 28.470 foram declarados recuperados, contra 26.491 no dia anterior.
Johnson está “melhorando”
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, apresentava melhora nesta quinta-feira em uma unidade de tratamento intensivo em que luta contra o Covid-19, e seu governo prorrogou um mecanismo de retirada de fundos, além de revisar um isolamento mais rigoroso a ser adotado em tempos de paz.
Johnson, de 55 anos, foi internado no hospital St Thomas na noite de domingo com uma febre persistente e tosse e foi posto na UTI na segunda-feira. Ele recebeu oxigênio, mas não foi ligado a um ventilador.
– As coisas estão melhorando para ele – disse seu ministro da Cultura, Oliver Dowden, nesta quinta-feira. “Ele está estável, melhorando, se sentou e interagiu com a equipe médica.”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Johnson parecia estar “melhor” depois do que descreveu como um “período duro”.
Com o premiê na UTI, o governo britânico enfrenta duas grandes questões: como financiar um aumento enorme nos gastos estatais para apoiar a economia parada e quando começar a amenizar as medidas de isolamento.
Agora que a quinta maior economia do mundo pode enfrentar sua maior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial em meio a gastos e cortes de impostos históricos, o governo disse que ampliou seu mecanismo de saques com o Banco da Inglaterra.
O Banco da Inglaterra concordou em custear temporariamente os empréstimos governamentais em reação ao Covid-19 se os fundos não puderem ser angariados de imediato nos mercados de dívida, ressuscitando uma medida usada amplamente pela última vez durante a crise financeira de 2008.
O governo e o banco disseram que qualquer empréstimo do mecanismo será ressarcido até o final do ano.
Embora se tenha anunciado uma melhora no quadro de Johnson, não está claro quanto tempo ele pode ficar incapacitado, e alguns analistas políticos dizem que existe um vácuo de poder em sua ausência.
O Reino Unido
O Reino Unido está entrando no que cientistas dizem ser a fase mais mortífera do surto, já que se acredita que as mortes continuarão subindo no final de semana da Páscoa. As cifras mais recentes mostram que o total de mortes de covid-19 nos hospitais chegou a 7.097.
O órgão de reação de emergência do governo se reunirá nesta quinta-feira para debater como deve lidar com uma revisão das medidas de isolamento.
Dominic Raab, secretário das Relações Exteriores e vice designado de Johnson, presidirá a reunião, mas nenhuma decisão final será tomada.
O prefeito de Londres e o governo regional galês disseram que o isolamento deveria ser mantido.