Itália faz buscas para desmantelar grupo neonazista

Arquivado em:
Publicado Terça, 19 de Outubro de 2021 às 09:00, por: CdB

Além das falas criminosas, os membros da organização teriam feito treinamento paramilitar em algumas cidades das províncias de Nápoles e Caserta com o apoio de ex-combatentes extremistas da Ucrânia, que pertencem a diversos grupos neonazistas.

Por Redação, com ANSA - de Roma

A Polícia de Estado de Nápoles desencadeou uma operação nesta terça-feira  contra um grupo neonazista que tem ramificações em, ao menos, outras sete províncias da Itália. Ao todo, são 26 mandados de busca e apreensão contra 15 pessoas investigadas por associação subversiva de matriz neonazista e supremacista.
policiaitalia.jpg
Polícia de Nápoles faz operação de busca e apreensão contra 15 pessoas acusadas de associação neonazista
As investigações estão sendo lideradas pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais da Polícia de Estado (Digos) da província italiana e pela Direção Central da Polícia de Prevenção - Serviço para o Combate ao Extremismo e ao Terrorismo Interno. Com o apoio de outros órgãos policiais, as buscas estão sendo realizadas em Nápoles e nas províncias de Caserta, Avellino, Roma, Siena, Turim, Ragusa, Lecce e Ferrara. Chamado de "Ordine di Hagal", o grupo usa a Internet para disseminar discurso de ódio racial, de supremacia branca e também contra as vacinas anticovid, bem como grupos no WhatsApp e Telegram.

Adolf Hitler

De acordo com a investigação, o líder da "Ordem" é o italiano Maurizio Ammendola, 40 anos, e o vice-líder é Michele Rinaldi, 46. Os dois também responderão por posse ilegal de armas e por possuir itens que homenageiam Adolf Hitler. Além das falas criminosas, os membros da organização teriam feito treinamento paramilitar em algumas cidades das províncias de Nápoles e Caserta com o apoio de ex-combatentes extremistas da Ucrânia, que pertencem a diversos grupos neonazistas. A Itália vem enfrentando de maneira mais firme os grupos neofascistas e neonazistas, especialmente, após o mais famoso deles, o Força Nova, invadir a sede de um sindicato em Roma para intimidar os funcionários do local. Essas organizações também estão se unindo a grupos antivacina para fazer protestos, por vezes, violentos em várias cidades italianas.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo