Mais de 1 milhão de italianos poderão votar no pleito da região, que faz fronteira com a Áustria e a Eslovênia. Segundo as pesquisas, o favorito é Massimiliano Fedriga, apoiado pela coalizão, liderada pela Liga Norte (LN), que venceu as eleições gerais de março
Por Redação, com EFE – de Roma:
A região de Friuli Veneza Giulia, no nordeste da Itália, foi às urnas neste domingo em uma eleição considerada chave para o cenário político nacional, já que os resultados podem influenciar na formação do governo do país.
Mais de 1 milhão de italianos poderão votar no pleito da região; que faz fronteira com a Áustria e a Eslovênia. Segundo as pesquisas, o favorito é Massimiliano Fedriga, apoiado pela coalizão; liderada pela Liga Norte (LN), que venceu as eleições gerais de março.
Os principais rivais de Fedriga são Sergio Bolzonello, da coalizão de centro-esquerda do Partido Democrático (PD); que governou a região nos últimos cinco anos. O Movimento Cinco Estrelas (M5S) disputa o pleito sem alianças com Alessandro Morgera.
As eleições da região, uma das cinco com autonomia especial garantida pela Constituição, ocorrem; enquanto os principais partidos discutem a formação de um governo central. As negociações se arrastam desde março já que nenhum obteve a maioria no pleito.
Por esse motivo os resultados em Friuli ganham projeção nacional. A coalizão liderada pela LN pode obter um novo triunfo; assim como já ocorreu no último domingo na região de Molise; no centro do país, e reforçar seu poder nas negociações.
As pesquisas apontam que a LN terá a maioria dos votos, superando amplamente a aliada Forza Itália, de Silvio Berlusconi. No entanto, o líder do partido, Matteo Salvini, já antecipou; que mantém o compromisso de manter a coalizão unida e tirou fotos ao lado do ex-primeiro-ministro para reforçar a aliança entre as legendas.
A coalizão
A coalizão liderada pela LN tentou uma coalizão de governo com o MS5, partido mais votado individualmente nas eleições gerais de março; mas as negociações fracassaram porque Salvini se recusa a abandonar o pacto com Berlusconi.
O presidente do país, Sergio Mattarella, pediu que o presidente da Câmara, Roberto Fico, convidasse o M5S a buscar apoio do PD. O partido do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi decidirá na próxima quarta-feira se abrirá negociações.
Salvini disse que os resultados em Friuli darão um “sinal” do que os italianos querem. As declarações são uma tentativa de forçar o líder do M5S, Luigi di Maio, a retirar o veto a Berlusconi, favorecendo um governo entre os dois partidos mais votados.