O Japão pretende começar a desenvolver, no próximo ano, um sistema de sirenes ligado a satélites para alertar seus cidadãos no caso de um ataque com mísseis realizado por um país hostil, disseram autoridades nesta segunda-feira.O governo japonês mostra-se intranquilo com o programa de mísseis da Coréia do Norte desde que, em 1998, o país comunista disparou um míssil de teste que sobrevoou o território do Japão.
As autoridades afirmaram que o projeto começaria a ser desenvolvido em abril e que cerca de 1,92 milhão de dólares seriam gastos com ele no próximo ano. Se a Coréia do Norte disparar um míssil, levaria cerca de apenas dez minutos para a arma chegar ao Japão, dizem especialistas.
– O sistema servirá como uma ferramenta para alertar as pessoas em tempos de crise.Mas, como um míssil poderia sair da Coréia do Norte e chegar ao Japão em apenas alguns minutos, precisamos agir com rapidez – afirmou uma autoridade.
A ameaça representada pelo país comunista, que atualmente resiste às pressões internacionais para abrir mão de seu programa de armas nucleares, levou o Japão e os EUA a darem início a pesquisas conjuntas para o desenvolvimento de um sistema de nova geração de defesa antimíssil.
No começo deste mês, o governo japonês abriu uma brecha em sua política pacifista, permitindo a exportação de armas a fim de realizar as pesquisas conjuntas. Além disso, o Japão também resolveu comprar dos EUA um outro sistema de defesa antimíssil.
O secretário-assistente de Estado dos EUA para o controle de armas, Stephen Rademaker, disse na sexta-feira que a Coréia do Norte poderia testar a qualquer momento um míssil balístico capaz de levar uma ogiva nuclear até o território norte-americano.
– Esse míssil (chamado de Taepodong 2) pode ser testado a qualquer momento – afirmou.