Os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi foram oficialmente encerrados neste domingo. Apesar da preocupação com eventuais atentados terroristas, o evento transcorreu de forma pacífica e, na visão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), terminou com saldo positivo.
Sem atentados, principal motivo de preocupação das autoridades, algumas falhas estruturais ficaram evidentes. No entanto, o presidente Vladimir Putin tem motivos para festejar, já que a Rússia terminou no topo do quadro de medalhascom 13 ouros, 11 pratas e nove bronzes.
Das tribunas do Estádio Olímpico, Putin acompanhou a cerimônia de encerramento ao lado do alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Com a patinadora Isadora Williams como porta-bandeira do Brasil, a festa terminou com uma lágrima do urso que é um dos mascote dos Jogos em alusão ao famoso Misha, símbolo dos Jogos de Verão de Moscou-1980.
Para o COB, o saldo da participação dos representantes nacionais em Sochi foi positivo. O País contou com 13 atletas em sete modalidades e presenças inéditas no bobsled feminino, patinação artística, esqui aéreo e biatlo, formando a maior delegação latino-americana.
– Os Jogos Olímpicos de Sochi foram um marco importante para o Brasil. O esporte olímpico nacional está em constante desenvolvimento e o mesmo acontece em relação às modalidades de inverno. A participação segue dentro do processo evolutivo esperado – afirmou Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de esportes do COB.
Stefano Arnhold, chefe da missão brasileira em Sochi e presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), também comemorou. “O Brasil teve a maior e melhor participação de sua história (iniciada em Albertville-1992) nos Jogos Olímpicos de Inverno. Nossos objetivos foram plenamente alcançados”, disse.
Encerrada a participação na Rússia, o foco passa a ser a preparação para os Jogos de Inverno PyeongChang-2018. Após a avaliação dos resultados de Sochi, as Confederações Brasileiras de Desportos no Gelo e na Neve apresentarão projetos ao COB para serem desenvolvidos com base nos recursos da Lei Agnelo/Piva.
– A primeira modalidade a ter seu plano concluído, até o final de maio, será o esqui aéreo, que objetiva ser competitivo em 2022 e buscar a participação nas finais olímpicas em 2026. Em seguida, virão as demais modalidades, cujos planos se basearão em estudos científicos e de viabilidade econômica – disse Stefano Arnhold, da CBDN.
De acordo com números apresentados pelo COB, nos quatro anos do último ciclo olímpico (2011 a 2014) foram investidos cerca de R$ 5 milhões oriundos da Lei Agnelo/Piva nas duas confederações de esportes de inverno, incluindo R$ 600 mil referentes à missão de Sochi.