David Bloom, co-âncora das edições de fim-de-semana do programa “Today,”, da rede de TV norte-americana NBC, morreu no Iraque enquanto cobria a guerra, anunciou a NBC neste domingo. Ele tinha 39 anos.
Segundo a NBC, a morte de Bloom não está relacionada a combates, disse a NBC. Ele morreu após sofrer uma embolia pulmonar.
Bloom estava acompanhando a 3a Divisão de Infantaria do exército norte-americano e cobria o avanço da unidade em direção a Bagdá nos últimos dias.
Bloom ingressou na NBC, em Chicago, em 1993, e trabalhou como correspondente na Casa Branca antes de assumir a vaga de co-âncora das edições de fim-de-semana do Today, em março de 2000. Bloom deixa a mulher, Melanie, e três filhas.
Seis jornalistas morreram no Iraque desde o início da guerra há cerca de duas semanas. Dois outros continuam desaparecidos. Há 12 anos, na Guerra do Golfo, apenas quatro jornalistas morreram.
Michael Kelly, um ex-editor chefe do The Atlantic Monthly, foi morto em um acidente envolvendo um veículo militar Humvee na quinta-feira, tornando-se o primeiro jornalista norte-americano e o primeiro repórter que está acompanhando tropas de combate a ser morto no Iraque.
O cinegrafista da BBC Kaveh Golestan foi morto pela explosão de uma mina terrestre assim que desceu de um carro na cidade de Kifri, no norte do Iraque, na semana passada. Outro cinegrafista, o australiano Paul Moran, foi morto no norte do país no mês passado na explosão de um carro bomba que, segundo milicianos curdos, teria sido um ataque da milícia islâmica Ansar al-Islam.
Terry Lloyd, repórter da rede de TV inglesa, ITV, foi morto depois de ficar sob fogo a caminho de Basra. Dois integrantes de sua equipe continuam desaparecidos. A repórter do Channel 4 inglês Gaby Rado foi encontrada morta em um hotel iraquiano, mas os funcionários disseram que a morte não parecia ter relação com os combates.
Cerca de 600 jornalistas estão acompanhando as tropas britânicas e norte-americanas.