Juiz suspende lei do aborto do Texas, Estado vai recorrer

Arquivado em:
Publicado Quinta, 07 de Outubro de 2021 às 08:29, por: CdB

Além disso, a legislação oferecia uma pagamento de até US$ 10 mil para qualquer pessoa que denunciasse alguém que tivesse participado do aborto, desde o motorista de aplicativo ou taxista que levasse a mulher para uma clínica até o médico.

Por Redação, com ANSA - de Washington

O juiz federal Robert Pitman ordenou na quarta-feira a suspensão da polêmica lei do aborto do estado do Texas, que entrou em vigor no início de setembro deste ano. A medida impede a prática depois das seis semanas de gravidez, inclusive, em casos de estupro ou incesto.

aborto.jpg
Polêmica legislação praticamente proibia o aborto desde setembro

Além disso, a legislação oferecia uma pagamento de até US$ 10 mil para qualquer pessoa que denunciasse alguém que tivesse participado do aborto, desde o motorista de aplicativo ou taxista que levasse a mulher para uma clínica até o médico.

A legislação foi questionada legalmente por diversas organizações de defesa dos direitos humanos e também pelo governo de Joe Biden, que usa como base do recurso uma decisão da Suprema Corte de 1973, no caso Roe x Wade, que autorizava o aborto em todo o país até o período de 22 a 24 semanas da gestação.

O Estado do Texas anunciou que vai recorrer da decisão.

Nos últimos anos, foram diversos os governos estaduais, sejam de republicanos ou democratas - que tentam driblar a legislação federal sob as mais diversas justificativas. A lei texana, porém, é a mais restritiva de todas.

A legislação

No entanto, a legislação entrou em vigor no Texas após cinco dos nove juízes da Suprema Corte darem autorização à medida, ignorando o entendimento da década de 1970. Atualmente, o órgão máximo de Justiça dos EUA é composto por uma maioria de conservadores.

Os juízes do Supremo não se manifestaram sobre a constitucionalidade da lei, mas apontaram "questões de procedimento complexas e novas". No mesmo dia, o presidente do tribunal, John Robert, um conservador moderado, afirmou que a lei deveria ser "bloqueada" mesmo que temporariamente para que houvesse discussão de constitucionalidade - no entanto, a maioria ignorou a questão.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo