Juíza italiana ordena libertação de Puigdemont

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Publicado Sexta, 24 de Setembro de 2021 às 09:32, por: CdB

 

O ex-presidente da Catalunha havia sido preso logo após desembarcar no aeroporto de Alghero, cidade onde ele participaria de um evento cultural neste fim de semana, o município de 40 mil habitantes tem uma importante herança catalã e é apelidado de "Barcelona sarda".

Por Redação, com ANSA - de Roma

Uma juíza italiana determinou nesta sexta-feira a libertação do ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont, que havia sido preso na ilha da Sardenha na quinta.
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Protesto em Bruxelas, capital da Bélgica, contra prisão de Puigdemont na Itália
Por outro lado, Puigdemont deve permanecer na Sardenha até que a Justiça italiana decida sobre sua extradição para a Espanha. O ex-presidente da Catalunha havia sido preso logo após desembarcar no aeroporto de Alghero, cidade onde ele participaria de um evento cultural neste fim de semana, o município de 40 mil habitantes tem uma importante herança catalã e é apelidado de "Barcelona sarda".

A prisão

A prisão ocorreu em função de um mandado de captura internacional emitido pelo Tribunal Supremo da Espanha, que quer processar Puigdemont por sedição e apropriação indébita por conta do plebiscito separatista de outubro de 2017. Organizada pelo então presidente da Catalunha, a consulta popular culminou em uma declaração unilateral de independência, mas foi considerada ilegítima pelo governo da Espanha, que destituiu a administração local e assumiu o controle da comunidade autônoma. Em seguida, Puigdemont passou a viver em autoexílio e chegou a ser preso na Alemanha em 2018, mas conseguiu evitar a extradição pelo fato de a Justiça local não ter considerado o crime de sedição no pedido feito pela Espanha. O ex-presidente catalão é hoje deputado do Parlamento Europeu, mas teve sua imunidade revogada em março passado. Sua prisão havia provocado críticas na Itália, tanto de partidos de esquerda quanto de direita. O líder ultranacionalista Matteo Salvini, por exemplo, disse que o país não podia se prestar a "vinganças pedidas por outras nações", enquanto o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, afirmou que a polícia infringiu o "direito de livre circulação" de um eurodeputado.
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