Junta militar coloca Suu Kyi em isolamento na prisão

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Publicado Quinta, 23 de Junho de 2022 às 09:40, por: CdB

Suu Kyi estava presa em regime domiciliar em uma residência secreta na capital do país, Naypyidaw, desde 1º de fevereiro de 2021, dia em que os militares deram um golpe de Estado em Myanmar e destituíram todos os políticos eleitos em eleições livres em dezembro de 2020.

Por Redação, com ANSA - de Naipidau

A líder civil destituída de Myanmar, Aung San Suu Kyi, foi levada para um presídio e colocada em isolamento na quarta-feira, informou um dos porta-vozes da junta militar que comanda o país, general Zaw Min Tun, nesta quinta.
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Suu Kyi foi transferida para um presídio após mais de um ano em regime domiciliar
Sem dar detalhes para onde ela foi levada, o militar afirmou apenas que a mudança "foi feita em conformidade com as leis penais" do país. Suu Kyi estava presa em regime domiciliar em uma residência secreta na capital do país, Naypyidaw, desde 1º de fevereiro de 2021, dia em que os militares deram um golpe de Estado em Myanmar e destituíram todos os políticos eleitos em eleições livres em dezembro de 2020, essa era apenas a segunda vez que os cidadãos puderam ir às urnas desde 2015. Desde então, a Nobel da Paz de 1991 foi acusada por quase uma dezenas de crimes, em acusações que, até agora, já somam 11 anos de detenção. Apesar de alegarem que Suu Kyi e o então presidente, Win Mynt, cometeram fraude no pleito, ambos nunca foram acusados de crimes eleitorais.

Pandemia de covid-19

A líder "de facto" da nação - que não podia se tornar presidente de maneira oficial porque teve dois filhos com um homem estrangeiro,  já foi condenada por "crimes" de violação da lei de desastres ambientais por conta da gestão da pandemia de covid-19, por corrupção, por incitação à violência nos protestos contra o golpe e por violar a lei de telecomunicações. Desde o golpe de Estado de 2021, os protestos civis são recorrentes no país e, segundo informações de ONGs regionais, mais de 1,3 mil pessoas foram mortas pelas forças de segurança que reprimiam as manifestações. Além disso, milhares de cidadãos foram presos apenas por participarem dos protestos.
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