Justiça começa a ouvir envolvidos na morte do embaixador grego no Rio

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Publicado Terça, 18 de Abril de 2017 às 11:42, por: CdB

Segundo a denúncia, Françoise e Sérgio, que seriam amantes, teriam tramado o crime com o intuito de ficar com os bens e a pensão de Kyriakos

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

O juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu/Mesquita, na Baixada Fluminense, começou a ouvir, na tarde desta terça-feira, em audiência de instrução e julgamento, as testemunhas de acusação e de defesa e os três envolvidos na morte do embaixador grego Kyriakos Amiridis, em dezembro do ano passado.

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Segundo o Ministério Público, o diplomata foi atacado na sala e sofreu lesões que lhe provocaram uma hemorragia

Os acusados do crime são a mulher do diplomata, Françoise de Souza Oliveira, o soldado da Polícia Militar Sérgio Gomes Moreira e Eduardo Moreira Tedeschi de Melo, sobrinho do policial.

Segundo a denúncia, Françoise e Sérgio, que seriam amantes. Eles teriam tramado o crime com o intuito de ficar com os bens e a pensão de Kyriakos.

De acordo com o Ministério Público, na noite de 26 de dezembro, Sérgio e Eduardo entraram na casa do embaixador. No Condomínio Residencial Bom Clima, em Nova Iguaçu, com as chaves dadas pela mulher ao policial. Françoise havia saído com a filha e deixou o marido sozinho.

Segundo o Ministério Público, o diplomata foi atacado na sala e sofreu lesões que lhe provocaram uma hemorragia. Sérgio e Eduardo enrolaram o corpo em um tapete e o colocaram dentro de um carro, que foi incendiado próximo ao Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu.

Crime

A embaixatriz e Sérgio chegaram a comunicar à polícia o desaparecimento de Kyriakos Amiridis. O policial ainda tentou apagar as imagens do circuito interno do condomínio nas quais aparecia em frente à casa da amante. De acordo com a denúncia, os três acabaram confessando a participação no crime. Todos estão presos.

O advogado de Françoise, Glaucio Senna, disse, antes da audiência, que sua cliente nega que tenha participado do crime ou confessado participação na morte do embaixador.

Edison Ferreira de Lima, advogado de Sérgio e Eduardo, afirmou que, com o início da instrução criminal, começa a produção de provas.

– Todas as razões do fato foram demonstradas. Vejo o quadro que se apresenta com aspectos favoráveis aos acusados – afirmou. “Nenhuma testemunha assistiu ao fato. Não há testemunha da morte. São testemunhas que a autoridade policial ouviu e mais provas técnicas.”

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