Justiça da Itália decide suspender extradição de Puigdemont

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Publicado Segunda, 04 de Outubro de 2021 às 08:48, por: CdB

 

O líder separatista da Catalunha foi preso no dia 23 de setembro na cidade italiana de Alghero, para onde tinha ido para um festival cultural, em função de um mandado internacional emitido pelo Tribunal Supremo da Espanha.

Por Redação, com ANSA - de Roma

A Corte de Apelação de Sassari suspendeu o procedimento de extradição do ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont nesta segunda-feira.
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Justiça da Itália não vai extraditar Carles Puigdemont
Assim, o colégio de juízes formado por Salvatore Marinaro, Plinia Azzena e Maria Teresa Lupinu, acolheu o pedido da procuradora-geral de Sassari, Gabriella Pintus, e do advogado de defesa, Agostinangelo Marras, de aguardar a definição do procedimento pendente sobre a imunidade parlamentar de Puigdemont, e a questão preliminar que ainda será analisada pela Corte de Justiça da União Europeia. – Um resultado absolutamente positivo – disse rapidamente o advogado aos jornalistas ao fim da audiência. Tanto a Procuradoria como a defesa referiam-se à decisão de 9 de março deste ano, em que o Parlamento Europeu revogou a imunidade de Puigdemont, que é eurodeputado. No entanto, o caso ainda está sob análise judicial. O líder separatista da Catalunha foi preso no dia 23 de setembro na cidade italiana de Alghero, para onde tinha ido para um festival cultural, em função de um mandado internacional emitido pelo Tribunal Supremo da Espanha. No país, ele responde por sedição e apropriação indébita por conta da organização do plebiscito separatista de 2017. Porém, Puigdemont não ficou preso nem por 24 horas. A juíza Azzena liberou o líder catalão e não impôs nenhuma medida cautelar. Assim, ele pode retornar para a Bélgica, onde mora atualmente. Caso não voltasse à Sardenha para a audiência dessa segunda-feira, o caso seria arquivado. Mas, Puigdemont voltou à Itália para acompanhar a audiência presencialmente.

Pedido de prisão de assessores

Pouco antes da sessão judicial, a Justiça da Espanha, por meio do juiz Pablo Llarena, enviou um pedido oficial para a Corte de Apelação de Sassari para lembrar que, assim como Puigdemont, outros dois assessores do líder catalão que estão no país estão com mandado de prisão em aberto. Clara Ponsatí e Toni Comín foram até à Sardenha para acompanhar a manifestação em Alghero pela liberdade de Puigdemont, em setembro, e voltaram para participar da audiência. Não houve resposta formal da Corte italiana.
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