O ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, tomava até oito remédios diferentes por dia para suportar a dor decorrente de vários problemas de saúde.
De acordo com uma nova biografia, que deverá ser publicada no ano que vem, o presidente mais novo da história americana tinha mais problemas de saúde, sofria de mais dor e tomava mais remédios do que o público jamais soube na época.
O historiador Robert Dallek teve acesso a arquivos sobre a vida de Kennedy nos oito anos anteriores à morte dele em 1963. Dallek examinou os arquivos com o médico Jeffrey A. Kelman.
Os dois contaram ao jornal The New York Times que haviam encontrado evidência de que Kennedy tomava remédios para problemas nos rins, analgésicos, remédios para combater a ansiedade, estimulantes e pílulas para dormir.
Injeções nas costas
Durante o período entre 1961 e 1963, era de conhecimento público que Kennedy sofria de um problema nas costas.
Depois de sua morte, detalhes de outras doenças começaram a aparecer, incluindo problemas no sistema digestivo e uma deficiência hormonal que afeta os rins.
Os arquivos pesquisados por Robert Dallek e Jeffrey Kelman revelam que antes de entrevistas à imprensa ou outros eventos públicos, o presidente recebia de sete a oito inejções de procaína – um anestésico – de uma só vez nas costas.
“O mais impressionante é que há evidências de que Kennedy estava com dor durante a maior parte de seu mandato”, disse o médico.
Remédios
A fratura de três vértebras – provocada por osteoporose – teria casuado tanto dor em Kennedy que ele não conseguia colocar uma meia ou um sapato no seu pé esquerdo sem ajuda.
Para aliviar a dor, Kennedy teria tomado vários remédios como codeína e metadone.
Os arquivos também revelariam que o ex-presidente americano teria tomado estimulantes e remédios contra a ansiedade.
Na época da crise dos mísseis em 1962, Kennedy estaria tomando medicamentos para controlar colite, antibióticos para tratar uma infecção urinária e altas doses de hidrocortisona e testosterona, segundo o The New York Times.
O comitê que representa a família Kennedy havia, até agora, negado todos os pedidos para abrir os relatórios médicos.
Segundo Theodore C. Sorensen, membro do comitê, Dallek – que escreveu vários livros sobre presidentes americanos – teve acesso aos arquivos por causa de sua “enorme reputação”.