'Koki', um dos criminosos mais procurados da Venezuela, é morto

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Publicado Quarta, 09 de Fevereiro de 2022 às 08:03, por: CdB

"Koki" era o codinome do chefe da extinta organização criminosa que operava na Cota 905, uma área montanhosa na qual está localizado um dos maiores bairros de Caracas e que tinha influência sobre outros bairros da capital conhecidos como Valle, Cemitério, Paraíso, La Vega e Santa Rosalía.

Por Redação, com Sputnik - de Caracas

Autoridades continuam a busca por bandidos que faziam parte da organização criminosa dirigida por Carlos Revette durante anos.

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'Koki', um dos criminosos mais procurados da Venezuela, é morto em operação policial

Na terça-feira, um dos criminosos mais procurados da Venezuela, Carlos Revette, "El Koki", foi morto durante uma operação policial realizada no estado de Aragua, centro do país.

Com uma recompensa de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,63 milhões), Revette caiu durante um confronto, depois que membros das diferentes forças policiais conseguiram cercá-lo em um setor da cidade de Las Tejerías, no município de Santos Michelena, a 100 km de Caracas, a capital venezuelana.

Pelo Twitter, o ministro do Interior, Justiça e Paz, Remigio Ceballo Ichaso, noticiou a morte do criminoso como resultado da Operação Índio Guaicaipuro II de 2022.

No último domingo, as autoridades venezuelanas iniciaram a Operação Guaicaipuro II, que busca desmantelar os grupos criminosos dedicados ao tráfico de drogas, extorsão, sequestro, assassinatos por encomenda, roubo e homicídio estabelecidos na área montanhosa de Las Tejerías.

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Tejerías: Policiais evacuaram parte da população civil do bairro El Béisbol, município de Santos Michelena, atacada por integrantes da quadrilha do Coelho

O ministro Remigio Ceballos informou na segunda-feira que a área estava sob controle das autoridades, que quatro pessoas haviam sido capturadas e que trabalhos de resgate de civis em perigo estavam sendo realizados.

Além disso, Ceballos destacou que o setor foi ocupado por membros das diferentes forças de segurança do Estado, incluindo a Polícia Nacional Bolivariana, o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais (CICPC) e as Forças Armadas, entre outros.

Na terça-feira, as autoridades continuaram com o destacamento policial após a busca de outros criminosos ligados a Koki e identificados como Garbis Ochoa Ruiz, vulgo "El Garvis", Carlos Calderón, "El Vampi", e Carlos Enrique Gómez Rodríguez, "O Coelho", líder da quadrilha que operava em Las Tejerías, especificamente nos bairros El Béisbol e El Cañaote.

Quem foi 'Koki'

"Koki" era o codinome do chefe da extinta organização criminosa que operava na Cota 905, uma área montanhosa na qual está localizado um dos maiores bairros de Caracas e que tinha influência sobre outros bairros da capital conhecidos como Valle, Cemitério, Paraíso, La Vega e Santa Rosalía.

Em julho de 2021, forças policiais venezuelanas conseguiram desmantelar a quadrilha de Koki depois de dias de operações e recuperar o controle das áreas ocupadas pelo grupo criminoso. Nessa ocasião, Revette e vários de seus cúmplices conseguiram escapar.

Ao assumir o controle da Cota 905, autoridades venezuelanas informaram que conseguiram apreender um importante lote de armas de fogo de grosso calibre, incluindo bazucas, fuzis com miras telescópicas de grande alcance e centenas de munições.

A quadrilha de Koki costumava realizar atos de terror contra cidadãos e até atacou um importante quartel da polícia. A vice-presidente, Delcy Rodríguez, disse na época que essa organização criminosa teria ligações com setores extremistas da oposição venezuelana, incluindo Juan Guaidó e o foragido da Justiça Leopoldo López, bem como com o governo de Iván Duque na Colômbia.

Rodríguez acusou os envolvidos de planejarem a execução de ações paramilitares para gerar uma guerra civil, com a qual pretendiam "semear angústia na população de Caracas" e minar o Estado de Direito no país. Na ocasião, a vice-presidente venezuelana explicou que entre as armas apreendidas estavam várias fabricadas pelos Estados Unidos e outras que pertenciam às Forças Armadas colombianas.

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