Lava Jato denuncia Aldemir Bendine e Marcelo Odebrecht por corrupção

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Publicado Terça, 22 de Agosto de 2017 às 10:23, por: CdB

A denúncia tem por base as investigações referentes à 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra, deflagrada no dia 27 de julho. O ex-presidente da Petrobras foi preso naquela ocasião

Por Redação, com ABr - de Brasília:

A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) denunciou nesta terça-feira o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa, e por atrapalhar as investigações.

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Lava Jato denuncia Aldemir Bendine, Marcelo Odebrecht e mais quatro pessoas

A denúncia tem por base as investigações referentes à 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra, deflagrada no dia 27 de julho. O ex-presidente da Petrobras foi preso naquela ocasião.

De acordo com o trabalho do MPF e da Polícia Federal (PF); Bendine pediu à Odebrecht propina de R$ 17 milhões; quando ainda era presidente do Banco do Brasil para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial. À época, os executivos da empreiteira negaram o pedido por entender que Bendine não teria capacidade de influenciar no contrato.

Em 2015, pouco antes de assumir a presidência da Petrobras, ainda segundo a investigação; Bendine pediu nova propina à Odebrecht para atuar no interesse da empresa junto à petrolífera. Dessa vez, o ex- presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e o executivo Fernando Reis optaram por pagar a propina de R$ 3 milhões.

A Força-tarefa afirma que as provas desse acordo foram colhidas em depoimentos de colaboradores e durante as buscas e apreensões feitas na 26ª fase da Lava Jato, denominada Operação Xepa.

Propina

O MPF-PR afirma que o pagamento da propina foi realizado a partir da adoção de mecanismos de lavagem de ativos e parcelado em três entregas em espécie; realizados em apartamento na capital paulista alugado a Antônio Carlos Vieira da Silva. O irmão dele, André Gustavo Vieira da Silva; também operou parte dos pagamentos a Bendine.

Ainda segundo a denúncia, Aldemir Bendine e os operadores financeiros dissimularam os pagamentos de propina ao descobrirem a existência de investigações contra si no âmbito da Lava Jato. Eles declararam que o dinheiro teve origem nas consultorias prestadas à Odebrecht; e recolheram impostos relacionados aos serviços. Para a força-tarefa, os acusados tentaram embaraçar as investigações ao cometerem tal ato.

Além de Bendine, a denúncia oferecida pelo MPF-PR inclui os agentes da empreiteira Marcelo Odebrecht e Fernando Reis. Além dos operadores Antônio Carlos Vieira da Silva e André Gustavo Vieira da Silva, e do doleiro Álvaro Novis.

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