O confronto entre facções que disputam o controle do tráfico de drogas na Rocinha, além de ter provocado a morte de 10 pessoas, alterou completamente o dia-a-dia dos moradores da comunidade. Na última terça-feira, as agências da Caixa Econômica e do Banerj da favela não abriram. Cerca de 10 mil alunos continuam sem aulas nas três escolas públicas da região.
O trabalho dos garis nos becos e vielas também foi praticamente suspenso, e os centros comunitários reduziram drasticamente suas atividades.
De acordo com o presidente da União Pró-Melhoramento da Rocinha, William de Oliveira, a população da favela impôs a si mesma um toque de recolher: eles evitam ao máximo chegar em casa após às oito horas da noite, e muitos têm que pedir autorizações parar sair mais cedo do trabalho. Segundo ele, mesmo com aparente trégua, os moradores temem que o conflito possa recomeçar a qualquer momento.
O líder comunitário também fez um apelo à polícia 'para que tratem os nossos moradores com dignidade'. De acordo com William, a pesar da importância da ocupação policial, ele já recebeu várias reclamações de invasões a casas com perdas materiais e desrespeito na abordagem a moradores.
- O povo da Rocinha já teve um longo feriado de terror. A polícia tem que entrar para dar segurança, e não impor mais medo - afirmou.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Líder da Rocinha exige que os moradores sejam respeitados
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Publicado Quarta, 14 de Abril de 2004 às 00:37, por: CdB
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