Líderes financeiros mundiais ainda questionam acordo global de comércio

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Publicado Sexta, 17 de Março de 2017 às 12:07, por: CdB

O esboço do comunicado por enquanto não faz referência às questões de comércio ou protecionismo, rompendo com uma tradição de uma década de comunicados do G20

 

Por Redação, com Reuters - de Berlim

 

Os líderes financeiros das principais economias do mundo ainda estão buscando um consenso sobre como resumir sua posição conjunta sobre o comércio global e os mercados abertos, disse o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, nesta sexta-feira.

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O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, participou de reunião conjunta com os chineses

Falando na reunião do G20 com ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais na cidade alemã de Baden-Baden, Schaeuble disse que ainda há opiniões divergentes sobre o assunto entre as delegações.

Protecionismo

Ele acrescentou, no entanto, que está confiante de que os países do G20 chegarão a um acordo sobre isso em seu comunicado final, a ser publicado no sábado.

— Eu não sei o texto exato, mas ninguém levantou a questão do protecionismo ainda e eu não acredito que temos de lidar muito com isso. Trata-se de encontrar a redação correta, de como expressamos a abertura do sistema de comércio mundial no comunicado final — disse Schaeuble. Ele acrescentou que há algumas "posições sensatas" sobre o assunto entre algumas delegações.

O esboço do comunicado por enquanto não faz referência às questões de comércio ou protecionismo. Rompe, assim, com uma tradição de uma década de comunicados do G20. Ao longo dos anos, usou várias formas para endossar o livre comércio e rejeitar o protecionismo.

Risco estável

No front interno, a agência de classificação de risco Moody's elevou a perspectiva de rating para BM&FBovespa e 30 bancos brasileiros. Aí incluídos a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e BTG Pactual, para estável ante negativa.

A revisão sucede a alteração da perspectiva do rating soberano do Brasil. Atualmente, segue em Ba2, de negativo para estável, anunciada na quarta-feira.

"A qualidade do crédito soberano pode afetar diretamente o crédito de outros emissores domiciliados no país. E, de forma mais geral, tende a estar associada com as tendências macroeconômicas e do mercado financeiro que afetam todos os emissores domésticos", informou a agência.

Sob perspectiva

A agência informou ainda que os fundamentos de crédito da BM&FBovespa e das demais instituições seguem sólidos. Isso, apesar da profundidade e duração da recessão brasileira. Em relação aos bancos, a Moody's observou que a mudança na perspectiva do rating soberano reduziu o risco de rebaixamento.

A lista de instituições financeiras que tiveram a perspectiva revisada inclui ainda Itaúsa, BNDESPAR e o Banco ABC Brasil. Constam, ainda, o Banco Alfa de Investimento, BBM, Cetelem, Citibank, Banco Cooperativo Sicredi, Daycoval e o Banese. O Banpará, Banrisul, Banco Ford, GMAC, Industrial do Brasil, Mizuho do Brasil e o BNDES também figuram na lista. O PSA Finance Brasil, RCI Brasil, Safra, Sofisa, Votorantim, China Construction Bank (Brasil) e o ING Bank N.V, idem.

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