Ligações perigosas derrubam autoridade policial no Rio

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Publicado Sexta, 14 de Setembro de 2001 às 06:45, por: CdB

O subsecretário de Segurança, coronel Lenine de Freitas, braço direito do secretário, Josias Quintal, foi exonerado do cargo na madrugada desta sexta-feira. Ele foi acusado durante o depoimento na Corregedoria de Polícia — por um traficante menor de idade, preso pela Polícia Civil — de receber R$ 5 mil em troca de informações privilegiadas da cúpula da segurança. O dinheiro seria por Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, o bandido mais procurado do Rio, por cada informação sobre operações policiais. O depoimento do menor durou todo a tarde de ontem e seguiu noite adentro. Após saber o teor do depoimento, o próprio coronel Josias determinou a exoneração de seu principal assessor. O coronel Lenine de Freitas é o homem forte da secretaria de Segurança desde a entrada de Josias Quintal no comando da segurança pública do estado, em 1999, primeiro ano de governo Garotinho. Nos últimos meses, no entanto, Lenine começou a sofrer pressões. Primeiro, o major Dilo Soares Pereira Júnior, que era integrante da Força Tarefa da secretaria de Segurança e homem de confiança de Lenine, foi preso em julho acusado de seqüestro e tentativa de extorsão a um taxista. Na época, ele chegou a dizer que Dilo, que o acompanhou em três batalhões e também teve seu nome ligado à lista de propinas do jogo do bicho, era como se fosse um filho. Em agosto, depois de uma decisão da Justiça que considerava máquinas caça-níqueis ilegais, ele começou a apreendê-las indiscriminadamente. Dias depois foi acusado de abuso de autoridade: algumas destas máquinas estavam protegidas por liminares da Justiça. Lenine de Freitas era um dos responsáveis pela operação montada pelo governo para prender o traficante Celsinho da Vila Vintém, a quem, segundo o depoimento, ele passava informações.

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