A Light cumpriu todos os procedimentos de cobrança e regulatórios anteriores ao pedido de falência, bem como realizou diversas reuniões com a Supervia
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
A Light, concessionária de energia do Rio de Janeiro, que atua em 31 municípios do estado, pediu na Justiça a falência da Supervia, concessionária de trens do Rio, por causa de uma dívida de R$ 38 milhões. A Light entrou com ação na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça pedindo a falência da Supervia.
O valor foi formado depois de a concessionária de trens ter assinado um parcelamento da dívida em juízo no primeiro semestre.
O parcelamento está sendo pago, cerca de R$ 1 milhão por mês. No entanto, a conta normal de consumo mensal não está sendo paga há quatro meses. O consumo de energia da Supervia equivale ao fornecimento para todo o bairro do Leblon. O metro quadrado mais caro do Rio, ou todo o município de Nilópolis, na Baixada Fluminense.
A Light cumpriu todos os procedimentos de cobrança e regulatórios anteriores ao pedido de falência. Bem como realizou diversas reuniões com a Supervia em busca da efetiva regularização do fluxo de pagamentos. A empresa adotou a medida após esgotar todas as possibilidades de negociação.
SuperVia estranha decisão
A SuperVia informou, em nota, que não recebeu qualquer notificação a respeito da decisão da concessionária de energia. E vê com surpresa a manifestação pública da Light. Uma vez já está marcada para o próximo mês audiência de conciliação. Entre a concessionária, a distribuidora de energia e o governo do Rio de Janeiro para uma negociação entre as partes.
A SuperVia informa, também, que as dívidas existentes entre a concessionária e a distribuidora são fruto de reajustes da tarifa de energia por índices muito acima da inflação, que ocorreram nos últimos anos.
A concessionária diz ainda “que tem cumprido o acordo já firmado com a Light S/A para o escalonamento da dívida. Existe uma decisão judicial proibindo qualquer corte no fornecimento de energia para o sistema de trens urbanos do Rio de Janeiro, considerado um serviço de utilidade pública”.