Diretor-executivo do Sindicato de Hotéis do Rio, José Domingos disse a jornalistas, neste sábado, que desde 2017 a rede hoteleira vem sofrendo uma decadência acelerada.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Após quase sete décadas, um dos hotéis mais tradicionais e charmosos da Zona Sul, o Novo Mundo, encerra suas atividades no final deste mês. O Rio já perdeu 16 hotéis ao longo da crise econômica que se estende desde 2016 até agora. Segundo afirmou fonte próxima aos fatos à reportagem do Correio do Brasil, o estabelecimento será reformado para abrigar um condomínio com apartamentos de alto luxo.

Diretor-executivo do Sindicato de Hotéis do Rio, José Domingos disse a jornalistas, neste sábado, que desde 2017 a rede hoteleira vem sofrendo uma decadência acelerada. O executivo alertou, ainda, que apesar de a cidade ter 80% de ocupação dos apartamentos, as tarifas e o número de diárias se mantém na mesma base de 2014 e não suportam mais os aumentos nos custos.
Leão de bronze
Construído em 1947 e inaugurado em 1950, quando recebeu a delegação da Copa do Mundo, a história do hotel se mistura aos períodos mais sofisticados do Rio de Janeiro. Seus salões eram frequentados por personalidades internacionais, políticos, artistas e celebridades.
Ao lado do Palácio do Catete, antiga sede do Governo Federal, o hotel brilhava nas décadas de 50 e 60, quando recebeu de presente da sociedade França um leão de bronze, esculpido por Henri M. Alfred Jacquemart, célebre escultor animalista e famoso por diversos monumentos em Paris.
Procurada pelo CdB, a direção do hotel confirmou que as atividades serão encerradas no final de março, mas preferiu ainda não revelar os detalhes das negociações.