Por Redação, com Brasil 247 – de Brasília:
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva este presente, na noite de terça-feira, na abertura oficial da 5ª Marcha das Margaridas, em Brasília. Em seu discurso, Lula disse que prepara o seu caminho para voltar a viajar pelo Brasil e defendeu a presidenta Dilma Rousseff.
– Quem chegou onde a gente chegou, não pode retroceder. Quero dizer que estou preparando meu caminho para voltar a viajar pelo meu país – afirmou.
– Eu quero ver se nossos adversários estão dispostos a andar por este país e discutir este país como ele precisa ser discutido – disse.
Lula defendeu a presidenta Dilma Rousseff, pedindo para que ela não seja julgada por uma crise econômica que ela não criou.
– A crise não começou no Brasil. Ela começou nos Estados Unidos e na Europa – explicou.
– Algumas pessoas não perceberam que a eleição acabou dia 26 de outubro e que a Dilma é presidenta deste país – completou.
O ex-presidente afirmou que os mesmos setores que querem “jogar a responsabilidade das dificuldades atuais a presidenta Dilma” e que se “agora se apresentam como solução, entregaram o país quebrado e devendo dinheiro para o FMI”.
Sobre as ameaças de impeachment da presidenta, Lula definiu como tentativa de dar como inacabda uma campanha eleitoral na qual os adversários saíram derrotados.
– Eles não perceberam que a eleição acabou. Eles não saem do palanque – disse Lula.
O ex-presidente reconheceu que o momento é difícil, mas lembrou que, os que hoje pedem o impeachment da presidenta Dilma, são os mesmos que, em 2005, falavam em retirá-lo do poder. Porém, tinham consciência de que, para isto, teriam de enfrentar o povo.
– Com Dilma não será diferente. Tenho certeza que cada mulher que está aqui, que cada brasileiro, com sua coragem, vai defender esse governo. Ninguém vai barrar o processo democrático – disse.
– Ousamos eleger uma mulher que aos 20 anos foi presa e torturada. Com a coragem das mulheres, ninguém ameaçará a democracia – acrescentou.
Lula criticou os movimentos de setores que tentam impor retrocessos sociais, como a tentativa de redução da maioridade penal.
– Como o Estado pode cobrar de uma pessoa para a qual esse mesmo Estado não deu a formação necessária – disse.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, reafirmou dois compromissos: a luta pela reforma agrária e levar políticas públicas aos agricultores de todo país. “Estaremos juntos sempre para fazer do Brasil uma pátria justa e solidária.” A ministra da secretária de Mulheres, Eleonora Menicucci, reforçou: “Mulher nenhuma pode aceitar o ódio de gênero, o ódio de quem não suporta uma mulher governando este país”.
A coordenadora da Marcha, Alessandra Lunas, da Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), falou sobre a importância da construção da democracia participativa. “A Marcha das Margaridas vai às ruas em defesa da democracia neste momento crucial.”