Lula é nome a ser considerado para as eleições presidenciais

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Publicado Terça, 29 de Dezembro de 2020 às 11:54, por: CdB

Caso retome sua cidadania plena, no entanto, Lula enfrentará o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), que lidera com folga o ranking de popularidade digital dentre 13 nomes da política nacional em 2020.

Por Redação - de São Paulo
Diante da possível reviravolta na situação jurídica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que poderá torná-lo elegível para as próximas eleições presidenciais, o ex-prefeito e candidato a presidência da República em 2018, apontado como um dos principais nomes do PT também para 2022, Fernando Haddad afirmou, em mensagem no Twitter nesta terça-feira, que o líder petista é a saída para o Brasil.
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Lula tem sido recebido com festa por onde tem passado, desde sua libertação, após mais de 500 dias preso por ordem do ex-ministro Sérgio Moro
Haddad utilizou a hashtag #LulaPresidente2022 para reforçar o nome do companheiro para próxima campanha presidencial. "Depois de tanta infâmia, tanta violência, tanta mentira, os caminhos para o Brasil podem se reabrir: #LulaPresidente2022", escreveu. Caso retome sua cidadania plena, no entanto, Lula enfrentará o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), que lidera com folga o ranking de popularidade digital dentre 13 nomes da política nacional em 2020. Bolsonaro é seguido pelo apresentador Luciano Huck. A métrica, elaborada pela consultoria Quaest, avalia o desempenho de personalidades nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google.

Coronavírus

O ranking avaliou 13 perfis de destaque no cenário nacional e que devem ter um papel relevante nas eleições de 2022, ainda que não tenham anunciado candidatura. Além de Lula, do atual presidente e do apresentador, a Quaest avaliou as contas nas redes dos governadores João Doria (PSDB-SP) e Flávio Dino (PC do B-MA); do ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), de Fernando Haddad e os demais candidatos em 2018 Ciro Gomes (PDT), João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Pode) e Marina Silva (Rede); do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ). “No ano em que o coronavírus limitou as interações presenciais e as redes sociais ganharam força, Bolsonaro, que há anos mantém forte presença digital e faz apresentações semanais, liderou com folga. A exceção foi o mês de fevereiro, quando a distância para Huck, em segundo, foi de apenas 4,6 pontos. No resto do ano, porém, a diferença entre os dois girou entre 20 e 30 pontos”, analisa a jornalista Flávia Faria, repórter da equipe de jornalismo de dados do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.

Métrica

Ainda segundo a analista, “Lula, que aparece em terceiro, teve melhor desempenho nas redes durante o primeiro semestre. Ainda assim, fica bem abaixo do apresentador, com mais de 30 pontos entre os dois. “Já Flávio Dino, que chega em quarto, se destacou nos meses de abril, maio e junho, auge da pandemia. Na ocasião, o governador maranhense se notabilizou por defender medidas de isolamento social para o combate à Covid-19 e o enfrentamento ao discurso de Bolsonaro, que minimizou o impacto da doença. Neste mês de dezembro, Dino alcançou sua melhor métrica e encostou em Lula”.

Adversários

“Embora também tenha apostado na polarização com Bolsonaro, Doria não teve o mesmo sucesso que os nomes da esquerda. O governador paulista aparece em oitavo lugar, atrás de Boulos, Haddad e Ciro. Em seguida vêm Molon, Amoêdo, Maia, Alvaro Dias e Marina, respectivamente. “Para Felipe Nunes, professor de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor da Quaest, enfrentar Bolsonaro no campo digital não é simples e exige mudança de estratégia de seus adversários. ‘Para competir com Bolsonaro, a esquerda e o centro terão que sair da monotoneidade atual e promover um debate digital que fale menos e interaja mais. Mas essa mudança tem que começar logo. Porque a campanha de 2022 já começou”, resumiu.
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