O partido de centro de Macron, A República em Marcha (LREM), e seu aliado de centro-direita Modem obtiveram 350 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional
Por Redação, com Reuters - de Paris:
O governo do presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu nesta segunda-feira que irá reformular o cenário político do país, após conquistar uma maioria parlamentar absoluta que buscava para adotar abrangentes reformas pró-crescimento.
O partido de centro de Macron, A República em Marcha (LREM), e seu aliado de centro-direita Modem obtiveram 350 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional na eleição de domingo. Mesmo diante do recorde de abstenção em uma eleição parlamentar na Quinta República (pós-guerra).
O porta-voz do governo, Christophe Castaner, disse que o baixo comparecimento. Mais de 50 % dos eleitores ficou em casa. Representa um fracasso da classe política e sublinhou a necessidade de mudar a política francesa.
– A verdadeira vitória não foi na noite passada, será em cinco anos. Quando realmente tivermos mudado as coisas – disse Castaner à rádio RTL.
Embora menor do que prevista pelas pesquisas, a maioria de Macron esmagou os partidos mais tradicionais da França. Derrotando os socialistas e os conservadores que vinham se alternando no poder há décadas.
– Vitória para o Centro – disse a manchete do jornal à esquerda Libération. Já o jornal financeiro Les Échos mencionou "A Aposta Vitoriosa".
Castaner disse que o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe. E seu governo irão renunciar ainda nesta segunda-feira e que um novo gabinete será formado nos próximos dias. Ele ainda disse acreditar que Philippe será reconduzido ao cargo de premiê.
Investidores
Os investidores saudaram a vitória de Macron. A diferença entre o rendimento dos títulos franceses e alemães se manteve próxima de seu menor nível em sete meses.
– Após as reformas, que esperamos que Macron implemente, a França pode se tornar a maior das grandes economias da Europa na próxima década. Superando a Alemanha, que está acomodada. E um Reino Unido que (por causa da desfiliação britânica da União Europeia, o chamado Brexit). Está prejudicando suas perspectivas de crescimento de longo prazo – disse Holger Schmieding, economista-chefe do banco alemão Berenberg.
Macron quer apressar o relaxamento dos regulamentos trabalhistas e reformar o complicado sistema de pensões do país no ano que vem. Durante a campanha ele também prometeu reduzir os impostos corporativos de 33% para 25 % e fazer um investimento público de 50 bilhões de euros em energia. Treinamento vocacional e infraestrutura de transportes.
A eleição de domingo ainda resultou no acesso de um número recorde de mulheres ao Parlamento, devido em grande parte à decisão de Macron de apresentar uma lista de candidatos bem dividida entre homens e mulheres.