Macron inicia consultas para nomear novo governo

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Publicado sexta-feira, 23 de agosto de 2024 as 13:00, por: CdB

Conversas para formação do governo foram iniciadas com uma reunião com a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP); extrema-direita deve ser recebida na segunda-feira pelo presidente.

Por Redação, com CartaCapital – de Paris

O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu nesta sexta-feira os líderes da coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP), na primeira de suas consultas políticas para nomear um novo governo quase dois meses após as eleições legislativas.

O presidente da França, Emmanuel Macron

Os líderes da NFP, formada por socialistas, comunistas, ecologistas e pelo partido de esquerda radical A França Insubmissa (LFI), chegaram ao Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa em Paris, com sua candidata ao cargo de primeira-ministra, Lucie Castets.

A coalizão pede a Macron que confie à NFP a formação do governo por ter sido o bloco mais votado nas eleições legislativas de 30 de junho e 7 de julho, mas com 193 dos 577 deputados da Assembleia Nacional (câmara baixa) o bloco está longe da maioria absoluta de 289.

– Viemos propor uma solução de estabilidade – declarou Castets, antes de insistir que os líderes da esquerda estão dispostos a “buscar compromissos para retirar o país da atual paralisia”.

Ao contrário dos países vizinhos, onde o poder dos chefes de Estado é mais protocolar, a França tem um regime semipresidencialista desde 1958 e Macron, que tem mandato até 2027, compartilha o poder Executivo com o governo.

O presidente de centro-direita também é responsável por nomear o primeiro-ministro, mas Macron se recusou a designar Castets até o momento por considerar que ela não tem maioria suficiente e poderia cair rapidamente em uma moção de censura.

A recusa em nomear “um primeiro-ministro de uma coalizão que ficou em primeiro lugar” é semelhante a “um golpe de Estado”, declarou o líder comunista Fabien Roussel. O chefe de Estado “deve aceitar sua derrota”, acrescentou o líder da LFI, Manuel Bompard.

Assembleia Nacional

Alcançar maioria absoluta será difícil na nova Assembleia Nacional. Além da NFP, a aliança de Macron conseguiu a eleição de 166 deputados, seguido pelo partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN) e seus aliados (142) e pela direita tradicional (47).

O presidente não pode dissolver novamente a Assembleia até julho de 2025. A série de consultas continuará nesta sexta-feira com os aliados de Macron e a direita, antes da oportunidade da extrema-direita de Marine Le Pen e Jordan Bardella na segunda-feira.

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