Maia faz contas e conclui que governo não tem votos para aprovar reforma da Previdência

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Publicado Quinta, 30 de Novembro de 2017 às 13:06, por: CdB

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia poderá tirar de pauta a proposta do governo para a reforma da Previdência ser votada ainda este ano. Apoio da base aliada é insuficiente, garante.

 
Por Redação - de São Paulo

 

O governo do presidente de facto, Michel Temer, estaria distante ainda do número necessário de votos para aprovar a reforma da Previdência. Quem observou o fato foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quinta-feira, durante evento na capital paulista

— Se não tiver voto, não vamos marcar a data. Falta muito, mas ainda não fiz a conta, então não vou falar um número. A base não está articulada como deveria — disse.

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Maia confirma que o governo não tem votos para aprovar a reforma da Previdência

Maia voltou a ressaltar que o apoio do PSDB para a votação “é vital”. Mas adiantou que as mudanças desejadas por tucanos dificilmente serão aceitas.

— As três propostas feitas inviabilizam a reforma, seriam mais de R$ 100 bilhões de perda do ajuste fiscal — observou.

Sem chances

Na véspera, representantes das principais centrais sindicais do país demonstraram insatisfação ao sair da reunião de mais de uma hora com Rodrigo Maia. Eles pediram para que a proposta de reforma da Previdência seja retirada da pauta. Maia adiantou que conversará com líderes partidários. Aos sindicalistas pareceu que o parlamentar quer ganhar tempo e medir as chances do governo.

Ao final do encontro, reiteraram que só o que pode barrar a realização de uma reforma é resistência nas ruas, a começar pela adesão à greve nacional marcada para a próxima terça-feira.

— Estamos conclamando todos os trabalhadores a parar suas atividades no dia 5 e participar desta grande mobilização. O deputado Rodrigo Maia (…), na verdade, quer ver se o governo possui a conta suficiente de votos para garantir a aprovação —  afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

A reunião contou com a presença de representantes da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB e CSP-Conlutas. E dos deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG); Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

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