Manifestantes ocupam Secretaria da Habitação e cobram respostas do governo Alckmin

Arquivado em:
Publicado Quinta, 07 de Dezembro de 2017 às 10:40, por: CdB

Movimento exige que o governo do Estado cumpra determinação do Tribunal de Justiça e dê uma solução para as cerca de oito mil famílias da ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo

Por Redação, com RBA - de São Paulo:

Cerca de 900 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam no dia anterior a sede da Secretaria Estadual de Habitação de São Paulo, no Centro da cidade. O objetivo da ação é cobrar respostas do governador Geraldo Alckmin sobre a inclusão das oito mil famílias da ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, em programas habitacionais do estado.

manifestantes.jpg
Centenas de militantes e o líder do MTST, Guilherme Boulos, no interior do prédio da Secretaria Estadual de Habitação

O MTST exige que o governo de Alckmin cumpra o determinado pelo Tribunal de Justiça (TJ-SP). Há dois meses, o tribunal adiou a ação de despejo das famílias que estão na ocupação de São Bernardo e exigiu uma nova tentativa de acordo; entre o MTST, a MZM Construtora, proprietária da área, e os governos municipal, estadual e federal.

Segundo o MTST, depois da marcha de São Bernardo até o Palácio dos Bandeirantes, no dia 31 de outubro; foram realizadas quatro reuniões com o governo estadual, mas sem qualquer avanço. O ato também cobrou a regularização de terrenos ocupados para que possam ser destinados à moradia popular.

MTST

O MTST informou que permanecerá por tempo indeterminado acampado na Secretaria; buscando uma solução que assegure o direito à moradia das 8 mil famílias; que ocupam o terreno e evite um despejo; que “seguramente se transformaria numa tragédia social”.

Na próxima segunda-feira, uma nova reunião do Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse (Gaorp/TJ) decidirá o destino da ocupação.

CUT repudia 'má-fé' da 'Folha'

A CUT divulgou nota nesta quinta-feira contestando informação publicada no jornalFolha de S. Paulo, na coluna Painel, na qual o governo de Michel Temer “faz um aceno” e irá liberar o pagamento de R$ 500 milhões às centrais sindicais que se opõem as mudanças da Previdência.

– A CUT repudia a má-fé da Folha de S. Paulo que distorce e manipula informações com o claro objetivo de enfraquecer a luta do movimento sindical contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras – afirma a CUT.

Na nota, a entidade esclarece que a liberação dos recursos; arrecadados pela contribuição sindical; é obrigação do governo Temer, pois os valores já pertencem as centrais sindicais e foram bloqueados indevidamente pela Caixa Econômica Federal.

– Temer não faz mais do que a obrigação ao liberar um dinheiro que pertence à classe trabalhadora e vai ser usado na luta contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas patrocinado por esse governo usurpador e corrupto, como afirmou o ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

Em outubro, foi celebrado acordo envolvendo sete centrais sindicais, Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Advocacia-Geral da União e a Caixa; para devolução de recursos da contribuição sindical; que deixaram de ser repassados pelo governo entre 2008 e 2015. Pelo acordo, as centrais aceitaram destinar 15% do total para ações de combate ao trabalho escravo e infantil.

Leia a nota na íntegra:

CUT repudia má-fé da Folha de S. Paulo

Central não negocia retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, muito menos com um governo golpista, ilegítimo e corrupto.

A CUT repudia a má-fé da Folha de S. Paulo que distorce e manipula informações com o claro objetivo de enfraquecer a luta do movimento sindical contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Uma nota do Painel da Folha insinua que o governo irá liberar recursos em troca de apoio a nova proposta de reforma da Previdência; que praticamente acaba com a aposentadoria.

Em minutos a nota virou manchete do UOL; como se fosse uma verdade incontestável.

É mais uma mentira da Folha de S. Paulo!

O governo não está liberando nada. Esse dinheiro pertence a CUT e demais centrais e foi bloqueado indevidamente pela Caixa Econômica Federal.

Temer não faz mais do que a obrigação ao liberar um dinheiro que pertence à classe trabalhadora; e vai ser usado na luta contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas patrocinado por esse governo usurpador e corrupto; como afirmou o ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

A Folha de S. Paulo repete o que já se tornou tradição no jornal, manipula as informações para induzir o leitor a acreditar que a CUT e demais centrais estão negociando recursos em troca de apoio ao desmonte da Previdência.

A CUT, a maior e mais combativa central sindical do país; reafirma que não negocia direitos dos trabalhadores.

A CUT reafirma também que não negocia nada com o governo ilegítimo e golpista de Temer.

A CUT denuncia a manipulação e a má-fé deste jornal golpista que tem interesse em defender o fim das aposentadorias.

Um aviso a Folha e ao governo: se botar para votar, o Brasil vai parar!

Vagner Freitas

Presidente Nacional da CUT

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo