Mantega diz a investidores que controle da inflação é prioridade para o Brasil

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Publicado Quinta, 23 de Janeiro de 2014 às 12:21, por: CdB
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Mantega falou aos jornalistas nesta quinta-feira em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial
O controle da inflação será sempre uma prioridade, disse nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao mesmo tempo em que adiantou que o governo não fará novas desonerações tributárias. O ministro falou durante entrevista a jornalistas no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça – O controle da inflação continuará sendo uma prioridade do governo – disse. Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta manhã, o Banco Central avaliou que a inflação continua resistente, "ligeiramente acima" do que se esperava e com piora do cenário para a alta de preços neste ano. Mantega comentou que a decisão do governo é de não adotar novas desonerações tributárias, mas reiterou que será mantida a desoneração sobre a folha de pagamentos das empresas. – Neste momento não vemos necessidade de reeditarmos desonerações – afirmou As desonerações adotadas pelo governo foram responsáveis pelo volume recorde de R$ 77,8 bilhões de renúncia tributária em 2014, um dos motivos do baixo crescimento da arrecadação no ano passado. Sobre a política fiscal, Mantega disse que o novo alvo de meta de superávit primário a ser perseguido pelo governo será definido em fevereiro, juntamente com o anúncio do montante de contingenciamento de verba pública que será feito em 2014. O ministro também disse que a recuperação dos Estados Unidos pode ainda provocar problemas cambiais para as economias emergentes no curto prazo, mas que após isso a recuperação da maior economia do mundo será benéfica. Questionado sobre a política de reajuste de preços de combustíveis, o ministro limitou-se a dizer que essa é uma questão a ser feita à diretoria da Petrobras. Inflação cede O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 0,67% em janeiro deste ano. O índice é inferior ao observado nas prévias de dezembro (0,75%) e janeiro de 2013 (0,88%), segundo dados divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o IPCA-15 acumula taxa de 5,63%. A queda da taxa em janeiro foi influenciada principalmente pelas despesas com transporte, cuja inflação caiu de 1,17% em dezembro para 0,43% neste mês. Neste grupo de despesas, o principal destaque foi a queda de preços (deflação) de 16,32% nas passagens aéreas. Também tiveram queda da taxa os grupos de despesa comunicação (que passou de 0,92% na prévia de dezembro para -0,02% na prévia de janeiro), vestuário (que passou de 0,78% para 0,59%), artigos de residência (de 0,57% para 0,49%), saúde e cuidados pessoais (de 0,46% para 0,41%) e habitação (de 0,59% para 0,58%). Por outro lado, a alta da inflação dos alimentos impediu uma queda maior do IPCA-15 em janeiro. A inflação dos alimentos e bebidas subiu de 0,59% na prévia de dezembro para 0,96% em janeiro. Entre os itens que mais contribuíram para a inflação dos alimentos estão a cenoura (com taxa de 16,3%), cebola (14,33%), frutas (4,34%), hortaliças(4,57%), arroz (1,49%) e o pão francês (1,04%).
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