Agentes de endemias reintegrados à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), conhecidos como mata-mosquitos, realizaram nesta quarta-feira uma vigília, seguida de assembléia, em frente à sede da instituição, na Zona Portuária do Rio. A categoria está em negociação com o governo sobre a efetivação dos cerca de 6 mil mata-mosquitos no Estado. Segundo Adalírio Bueno, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado (Sindisprev-RJ), a classe luta pelo cumprimento da Emenda Constitucional nº 51, promulgada no dia 8 de fevereiro, que determina a regularização funcional da categoria.
– Estamos aguardando, nossas reivindicações estão sobre o governo porque ele nos prometeu. É uma luta muito árdua, e a gente já está ficando cansado – disse Bueno.
Os agentes, responsáveis pela aplicação de inseticidas contra o mosquito da dengue, passaram por concurso público em 1988, foram demitidos na gestão do ex-ministro da Saúde José Serra, em 1999, e reintegrados em 2003 pelo atual governo, com promessa de efetivação. De acordo com Bueno, o enquadramento dos profissionais traz benefícios para toda a sociedade.
– Com o reconhecimento dos agentes de endemia sendo reconhecidos, nós vamos trabalhar com tranqüilidade e produzir mais, garantindo mais saúde preventiva para o povo. Isso é muito importante, porque é melhor prevenir do que deixar adoecer e levar para um hospital. Sai muito mais caro – disse ele.
Membros da categoria se reuniram nesta terça, em Brasília, com representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para tratar do assunto. Segundo o diretor do Sindisprev/RJ Isaac Loureiro, não houve nenhuma definição. Na tarde de hoje, a caravana espera se reunir com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
– Temos esperança de que desta vez a questão se resolva definitivamente – afirmou Loureiro.