A Polícia Civil trata o caso como furto e já identificou dois suspeitos de terem levado a medalha, que custa R$ 15 mil. A nova medalha será entregue em uma nova cerimônia de premiação, em horário, data e local a serem definidos
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
O matemático iraniano Caucher Birkar receberá uma nova medalha Fields, depois que a original, recebida na última quarta-feira, desapareceu logo depois da cerimônia de premiação, no Riocentro, no Rio de Janeiro.

A Polícia Civil trata o caso como furto e já identificou dois suspeitos de terem levado a medalha, que custa R$ 15 mil. A nova medalha será entregue em uma nova cerimônia de premiação, em horário, data e local a serem definidos.
A medalha Fields é considerada o Prêmio Nobel da Matemática, entregue de quatro em quatro anos a quatro cientistas de até 40 anos que se destacaram nessa área do conhecimento.
De etnia curda, Birkar nasceu no Irã e se mudou para a Inglaterra em 2000, onde pediu asilo político. Ele atua como pesquisador da Universidade de Cambridge.
Fotos dos suspeitos
As fotos dos dois homens suspeitos de furtar a medalha Fields, do iraniano de origem curda Caucher Birkar, estão sendo divulgadas pela polícia do Rio nos aeroportos e na rede hoteleira, na expectativa de identificá-los.

A delegada responsável pela investigação, Valéria Aragão, titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, espera que a divulgação das fotos possa ajudar a elucidar o caso, na expectativa de que alguém faça uma denúncia.
– Já divulgamos fotos para a Polícia Federal, para todo o setor hoteleiro e hostels. Vai ser uma investigação muito complexa, pois, ao mesmo tempo em que temos imagens dos autores, não temos pistas sobre quem eles são, se são brasileiros ou estrangeiros – disse a delegada, que atendeu a Agência Brasil na noite desta quinta-feira.
A delegada contou que já há imagens suficientes, gravadas por cinegrafistas e fotógrafos que trabalhavam no evento ou por câmeras de segurança, para concluir que os dois homens foram os responsáveis pelo crime, mostrando a forma como agiram.
– Nós temos as imagens dos autores, inclusive praticando o crime. Temos os rostos deles, em boa qualidade. Por trás da vítima, se vê dois homens cochichando e trocando olhares. Um deles faz um movimento e, em seguida, a pasta marrom desaparece – relatou a delegada.
Valéria já ouviu, no mesmo dia do furto, Caucher Birkar. Segundo ela, pela repercussão negativa internacional que o caso teve, se pudesse, comprava uma medalha do próprio bolso para dar ao iraniano: “Eu estou quase tirando dinheiro da minha conta para comprar outra medalha. Queria poder cunhar outra. Foi a primeira vez que o evento veio para o Hemisfério Sul. Me sinto muito triste por isso”.