May é pressionada a agendar renúncia para conseguir aprovar acordo do Brexit

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Publicado Segunda, 25 de Março de 2019 às 10:02, por: CdB

A política britânica está em meio a um turbilhão, em uma das conjunturas mais importantes do país em ao menos uma geração, e ainda não está claro quando ou se Brexit realmente acontecerá, quase três anos após o referendo sobre a filiação à UE.

Por Redação, com Reuters - de Londres

 A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, foi pressionada nesta segunda-feira a anunciar uma data para sua saída do cargo como preço para que parlamentares rebeldes de seu partido que são favoráveis à desfiliação britânica da União Europeia apoiem o acordo de separação apresentado pelo governo.
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Premiê britânica, Theresa May
A política britânica está em meio a um turbilhão, em uma das conjunturas mais importantes do país em ao menos uma geração, e ainda não está claro quando ou se Brexit realmente acontecerá, quase três anos após o referendo sobre a filiação à UE. Vendo May enfraquecida, ministros se uniram para assegurar que ela continua no comando e para negar relatos de um complô para exigir que ela indique uma data para deixar o posto em uma reunião de gabinete marcada para esta segunda-feira. – Chegou a hora, Theresa – disse o jornal Sun, de Rupert Murdoch, em um editorial na primeira página, argumentando que sua única chance de obter uma aprovação do Parlamento ao acordo, após duas derrotas, é marcar a data de sua partida.

O jogo

– Espero que o gabinete diga à primeira-ministra que o jogo acabo – disse Andrew Bridgen, parlamentar conservador que apoia o Brexit, à Sky News. – A primeira-ministra não conta com a confiança do partido parlamentar. Está claro que ela não conta com a confiança do gabinete e ela certamente não conta com a confiança de nossos membros pelo país afora. O Reino Unido, que decidiu sair da UE por 52%  a 48 %  dos votos no referendo, continua profundamente divido sobre o Brexit. No domingo, meras 24 horas depois que centenas de milhares de pessoas marcharam por Londres para exigir outro referendo, May convocou parlamentares rebeldes à sua residência de Chequers pare tentar encontrar uma maneira de romper o impasse. – Na reunião se debateu uma variedade de temas, incluindo se existe apoio suficiente nos (Câmara dos) Comuns para remarcar uma votação significativa (de seu acordo) nesta semana – disse o porta-voz do escritório de Downing Street de May. Boris Johnson, Jacob Rees-Mogg e Steve Baker compareceram, assim como os ministros David Lidington e Michael Gove, que foram apontados como possíveis premiês interinos e obrigados a negar que desejam o cargo.
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