Uma onda de medidas para restringir o contágio pelo covid-19 gerou resistência em toda a Europa, com o político britânico de direita que ajudou a forçar um referendo sobre o Brexit aproveitando a ira popular com um novo lockdown para reformular seu Partido Brexit sob uma nova bandeira.
Por Redação, com Reuters – de Londres
Uma onda de medidas para restringir o contágio pelo covid-19 gerou resistência em toda a Europa, com o político britânico de direita que ajudou a forçar um referendo sobre o Brexit aproveitando a ira popular com um novo lockdown para reformular seu Partido Brexit sob uma nova bandeira.

O Reino Unido, que tem o maior número de mortos oficiais na Europa pelo coronavírus, está lutando com mais de 20 mil novos casos por dia e cientistas alertaram que o “pior cenário” de 80.000 mortos pode ser excedido.
Escalado por seus apoiadores como o padrinho do movimento para abandonar a União Europeia, o fundador do Partido Brexit, Nigel Farage, disse que o primeiro-ministro Boris Johnson aterrorizou o Reino Unido até a submissão ao coronavírus com um segundo lockdown.
Coronavírus
– A questão mais urgente é a lamentável resposta do governo ao coronavírus – disseram Farage e o presidente do Partido Brexit, Richard Tice, em um artigo conjunto no The Daily Telegraph.
– Ministros perderam contato com uma nação dividida entre os apavorados e os furiosos. O debate sobre como responder ao c-19ovid está se tornando ainda mais tóxico do que o do Brexit.
Em vez de um lockdown, Farage, que como chefe do Partido Brexit instigou oposição popular à imigração, propôs mirar apenas aqueles que mais correm risco, como os doentes e os idosos, e disse que as pessoas comuns não deveriam ser criminalizadas por tentarem viver vidas normais, promovendo por exemplo encontros familiares para o Natal.
França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda e outros países anunciaram novas restrições a movimento e aglomerações à medida que as infecções aumentam e hospitais e unidades de terapia intensiva ficam lotados.
Pequenos lojistas na França reclamaram de serem forçados a fechar enquanto os supermercados têm permissão para vender “bens não essenciais” como sapatos, roupas, produtos de beleza e flores porque também vendem alimentos.