Melhora nas vendas do varejo indica outro ‘voo da galinha', prevê executivo

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Publicado Quinta, 26 de Dezembro de 2019 às 10:57, por: CdB

Roupas, brinquedos e cosméticos foram os setores que lideraram as compras durante o período natalino, de acordo com a associação. O resultado superou as expectativas da entidade, que projetava 6,5% de alta.

 
Por Redação - de São Paulo
  As vendas do comércio tiveram crescimento nominal de 9,5% no Natal deste ano, segundo levantamento da Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop) com 400 empresas que representam 30 mil pontos de venda. Embora tenha apresentado o melhor resultado desde 2014, executivo de uma das maiores seguradoras do país alerta para o risco de mais um ‘voo de galinha’, quando uma alta significativa é sucedida por nova queda nos índices.
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Os consumidores estão cada vez mais deprimidos, diante da crise econômica mais prolongada em uma década
Roupas, brinquedos e cosméticos foram os setores que lideraram as compras durante o período natalino, de acordo com a associação. O resultado superou as expectativas da entidade, que projetava 6,5% de alta. Ao longo do ano, o faturamento do varejo em shopping registrou alta de 7,5%, com receita de R$ 168,2 bilhões. A pesquisa, feita pela associação e pelo Ibope, levou em conta dados dos 762 centros comerciais do país. A projeção de crescimento era de 5%. O comércio eletrônico cresceu 15% em, 2019, com faturamento de R$ 61,2 bilhões no ano. As vendas natalinas no comércio eletrônico movimentaram R$ 11 bilhões neste ano. — Esperamos ter de 26 de dezembro a 31 de dezembro um movimento bom também, é histórico. As pessoas que receberam presentes farão troca. Na parte de vestuário, muita roupa branca sai devido ao Réveillon — disse Nabil Sahyoun, presidente da associação, a jornalistas.

Empregos

Segundo afirmou Sahyoun, o pagamento do 13º salário, a liberação do PIS-Pasep e a queda na taxa de juros e do desemprego contribuíram para a alta do setor. — O pagamento do 13º teve uma injeção de R$ 214,6 bilhões na economia, segundo o Dieese, a taxa de juros é a menor desde 1999 e a inflação está controlada. São fatores essenciais — acrescentou. Os empregos informais e temporários no segmento somaram neste ano 103 mil postos de trabalho, 40% a mais que em 2018. Hoje, o setor emprega 1,3 milhão de vagas. — Historicamente, 20% deles se transformam em empregos permanentes, possivelmente para expansão de novas lojas ou substituição de mão de obra — previu Sahyoun.

Projeção

De acordo com o estudo encomendado pela Alshop ao Ibope, 12 centros comerciais foram inaugurados em 2019. Dentre eles, nove estão em cidades do interior e cinco deles na região Sudeste. Mas, a volta da previsibilidade econômica está mais lenta do que o presidente da SulAmérica, Gabriel Portella, previa. Alcançá-la “de forma democrática, no entanto, demora” emendou o executivo, em entrevista a um dos diários conservadores paulistanos. No fechamento de 2019, Portella relembra o fim do ano passado como um período marcado pelo ufanismo, movimento do qual a empresa ficou independente, segundo ele. — O empresário quer é previsibilidade. Se a gente vê que a economia vai crescer, pode elevar investimento — afirmou.

Desemprego

Segundo Portella, os desafios macroeconômicos no próximo ano serão o elevado volume de desempregados e o patamar de juros baixos. — A gente tem convivido muito com a alta taxa de desemprego, que afeta a vida coletiva e o setor de saúde — sublinhou o executivo. Segundo o presidente da empresa, grande parte dos resultados financeiros da SulAmerica vem de investimentos das reservas de segurados. Com a queda da taxa básica de juros, segundo ele, a companhia compensa as perdas com mudanças operacionais.
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