Toda sociedade em crise é compelida a revisitar sua própria história na expectativa de recolher lições que clareiem a luta no tempo presente. O Brasil vive um momento exatamente assim.
Por Luciano Siqueira - de Brasília
Em uma das inúmeras conversas com o ex-governador Miguel Arraes, então recém-chegado do exílio, o ex-prefeito e ex-deputado Arthur Lima Cavalcanti e eu tentávamos convencê-lo a encarar as eleições para governador de Pernambuco já em 1982.Audiência pública
Coincidentemente, participo hoje de audiência pública promovida pela vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), que marca seu mandato por competente e aguerrida abordagem dos problemas da cidade articulados com as grandes questões nacionais, exatamente sobre um Plano para o Direito à Memória e à Verdade no âmbito Câmara Municipal do Recife. Muito oportuna, pois toda sociedade em crise é compelida a revisitar sua própria história na expectativa de recolher lições que clareiem a luta no tempo presente. O Brasil vive um momento exatamente assim. Com um agravante quase surreal: a vigência da chamada “guerra cultural”, que inspira a “realidade paralela” alimentada pelo bolsonarismo governante, precisamente para obstruir a consciência de milhões e seguir no poder. Negar fatos ou interpretá-los de modo distorcido e disseminar inverdades por sofisticados meios digitais é ação prioritária de governo. E é essencial na estratégia da campanha eleitoral do presidente fascistoide, na tentativa de reeleição. Uma trincheira de luta que devemos enfrentar, como bem fariam os companheiros e amigos Artur Lima e Miguel Arraes, sempre atentos e ativos no debate de ideiasLuciano Siqueira, é Médico, vice-prefeito do Recife, membro do Comitê Central do PCdoB
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