Pela primeira vez o candidato à presidência argentina Carlos Menem considerou a possibilidade de perder a eleição para Néstor Kirchner no segundo turno de 18 de maio, depois de ter baseado sua campanha no triunfalismo, segundo uma entrevista publicada este domingo pelo jornal La Nación.
– Se tudo for bem, no dia 18 de maio serei presidente e, caso contrário, me dedicarei a ser pai – disse em referência a gravidez de sua esposa, a ex-Miss Universo chilena Cecilia Bolocco.
Porém, logo depois Menem se corrigiu rapidamente
– Ganhamos e vamos voltar a vencer. O que passou, passou – destacou.
– A oposição derrotada assumiu a derrota como um triunfo. A verdade é que nós vencemos, com uma diferença de quase 500.000 votos que vamos procurar defender. Temos assegurado o triunfo. Vamos ter sucesso, por mais que comecem a circular pesquisas que eu considero inexatas – afirmou.
Menem afirmou ainda que “o povo tem que escolher entre uma Argentina como a Espanha ou uma Argentina como Cuba. Aqui existe uma aliança entre montoneros (guerrilha esquerdista da década de 70) e entre piqueteiros (pobres e desempregados que bloqueiam estradas) para me derrotar”.