Menina de 13 anos fugiu para viver com um padre

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Publicado sexta-feira, 9 de agosto de 2002 as 07:29, por: CdB

Uma menina de 13 anos fugiu de casa para viver com um padre da Igreja Católica Ort (que permite casamento) em Gravatá, interior de Pernambuco. Depois de vários dias em fuga, procurados pela família dela e pela polícia, o casal decidiu se entregar. O padre José Maria Ribeiro de Araújo, 37, foi preso. L.G.S. fugiu de casa no dia 29 de julho para viver com o padre, com quem afirma namorar há dois meses. Se dizia apaixonada.

Os dois foram se esconder na casa de um amigo, onde ficaram por três dias. O casal foi morar, então, na casa de Araújo, na própria cidade de Gravatá. No dia 1º de agosto a menina ligou para sua família e afirmou que estava em Recife, trabalhando como empregada doméstica. Alguns dias depois, o padre, convencido por amigos, decidiu procurar a família de L.G.S. para pedi-la em casamento. Revoltados, os pais da menina discutiram com ele. O casal voltou a fugir. Desta vez, Araújo e a menina foram se abrigar em uma indústria de cerâmica abandonada, na região. Os pais deram queixa à polícia e a prisão temporária do padre foi decretada. Ele foi acusado de rapto e estupro, uma vez que a menina tem menos de 14 anos.

Ontem, os dois pegaram um táxi rumo a Recife. No caminho, Araújo descobriu que estava sendo procurado pela polícia e, aconselhado pelo taxista, resolveu se entregar. padre foi interrogado e deve ficar preso por no mínimo 30 dias. Ele pode ser condenado a até 14 anos de prisão. Araújo já foi casado e tem três filhos: a mais velha tem 12 anos de idade. Exames não oficiais comprovam que a menina teve relações sexuais com Araújo. Entretanto o casal não obteve permissão da família dela para casar. O delegado responsável pelo caso, Ricardo Cisneiros, pretende pedir a prisão preventiva de Araújo, para que ele responda preso ao processo.

Segundo ele, a menina parece estar verdadeiramente apaixonada, porém pode ter sido enganada devido “ao grande poder de convencimento do padre”. Cisneiros disse não ter encontrado indícios de pedofilia na vida de Araújo. A menina, revoltada, está na casa de uma tia e não quer voltar a viver com os pais.