Mensagem de Páscoa do papa Francisco lembra as vítimas da pandemia

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Publicado Domingo, 12 de Abril de 2020 às 16:13, por: CdB

Em uma carta enviada a movimentos sociais, o papa Francisco propõe a criação de uma renda mínima universal para trabalhadores precários, autônomos e informais.

Por Redação, com Ansa - de Roma
O papa Francisco rezou a missa de Páscoa em um Vaticano vazio, devido às regras de isolamento social exigidas no combate à covid-19. Ao falar para o mundo, na mensagem Urbis et Orbes, Francisco lembrou a dor das pessoas, em um dos momentos mais difíceis da “família humana”.
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O papa Francisco rezou missa de Páscoa em um Vaticano vazio, pela primeira vez em mais de um século
Em uma carta enviada a movimentos sociais, o papa Francisco propõe a criação de uma renda mínima universal para trabalhadores precários, autônomos e informais. O conteúdo do documento foi publicado pelo site do jornal católico italiano Avvenire neste domingo, poucas horas após o Pontífice ter defendido o perdão das dívidas dos países pobres em sua bênção de Páscoa. Migalhas "Vocês, trabalhadores precários, independentes, do setor informal ou da economia popular, não têm um salário estável para resistir a este momento. A quarentena é insuportável para vocês. Talvez tenha chegado o momento de pensar em uma forma de renda universal de base que reconheça e dê dignidade aos nobres e insubstituíveis trabalhos que vocês desenvolvem", escreve o Papa. Segundo Francisco, é preciso criar um salário que seja capaz de "garantir e cumprir aquele slogan tão humano e cristão: nenhum trabalhador sem direitos". Na carta, Jorge Bergoglio diz que os movimentos sociais são encarados com desconfiança porque "reivindicam seus direitos, em vez de resignar-se a esperar para pegar algumas migalhas que caem da mesa de quem detém o poder econômico". "Vocês são, para mim, verdadeiros 'poetas sociais' que, das periferias esquecidas, criam soluções dignas para os problemas mais graves dos excluídos", acrescenta. Para o Papa, os movimentos sociais e populares são um "exército invisível que combate nas trincheiras mais perigosas". Bergoglio finaliza a carta dizendo que é preciso promover um desenvolvimento humano integral que garanta protagonismo a todos e acesso universal a "terra, teto e trabalho".
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