Merkel garante o quarto mandato com neonazistas em alta

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Publicado Domingo, 24 de Setembro de 2017 às 12:50, por: CdB

Além da vitória de Merkel, a principal novidade das urnas é o crescimento do partido neonazista AfD, de ultradireita, que emerge como terceira força política do país, com 13,1%.

 

Por Redação, com agências internacionais - de Berlim

 

Instados a votar na eleição nacional, neste domingo, os alemães atenderam ao pedido e reelegeram a chanceler Angela Merkel para um mandato de quatro anos. As pesquisas de boca-de-urna apontam uma vitória da conservadora por 32,9%. Seu principal adversário, o Martin Schulz, do SPD, fica em segundo, com 20,8% dos votos válidos. Mas a principal novidade saída das urnas é o partido neonazista AfD, de ultradireita, que emerge como terceira força política do país, com 13,1%.

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Merkel votou nas primeiras horas deste domingo e parte para seu quarto mandato

Depois do choque com o resultado das eleições do ano passado, com o voto da Grã-Bretanha para deixar a União Europeia e a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, muitos esperam que Merkel reúna uma ordem ocidental liberal machucada, lhe dando a incumbência de liderar uma Europa pós-Brexit.

Nas eleições regionais do ano passado, os conservadores de Merkel sofreram contratempos com o AfD, que se aproveitou do ressentimento em sua decisão de 2015 de abrir as fronteiras alemãs para mais de um milhão de migrantes. Aqueles contratempos fizeram Merkel, a filha de um pastor que cresceu na Alemanha Oriental comunista, considerar se ela deveria concorrer a nova reeleição.

Baixo fluxo

Mas com o assunto migração sob controle este ano, ela decidiu se jogar na campanha, se apresentando como uma âncora de estabilidade em um mundo incerto. Visivelmente mais feliz, Merkel fez campanha com uma renovada convicção: determinar de reaparelhar a economia para a era digital, evitar futuras crises migratórias e defender uma ordem ocidental abalada pela vitória de Trump em novembro passado.

Apesar dos insistentes pedidos, o comparecimento nas eleições estava levemente mais baixo às 12 horas (horário local, 7 horas no Brasil). No mesmo horário, em comparação com quatro anos atrás, o fluxo era maior, disse o órgão que supervisiona as eleições do país num comunicado neste domingo.

Ao meio-dia, 41,1% de eleitores registrados já tinham votado, em comparação com 41,4% em 2013. Mais cedo, North Rhine-Westphalia, o Estado mais populoso do país, reportou um aumento de 3% na participação.

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