No entanto, os EUA não são capazes de colocar isso em prática, sobretudo devido ao fato de os norte-americanos ainda verem o mundo como viam na década de 1990, quando eram o único líder.
Por Redação, com Sputnik - de Washinton/Moscou
As atuais autoridades norte-americanas não têm experiência nem paciência para lidar com os países concorrentes, por isso a atual estratégia dos EUA em relação à Rússia não funciona, escreve o editor da revista The National Interest, Nikolas Gvosdev.
Os Estados Unidos precisam entender a diferença entre rivalidade e hostilidade nas relações com a Rússia. Se na década de 1990 os russos queriam se tornar parte do Ocidente, agora eles estão perseguindo sua própria política e se tornando concorrentes sérios para os norte-americanos, mas não inimigos.
Para lidar com a Rússia como um sério concorrente, há que entender como concorrer com ela, dado o tamanho de sua economia e capacidade militar. Gvosdev acrescenta que a Rússia mostrou claramente que, a curto e médio prazo, terá forças e recursos suficientes para enfrentar os Estados Unidos, o que não pode ser ignorado. O país é um dos poucos no mundo capazes de demonstrar sua força além de suas fronteiras, sendo quase igual aos Estados Unidos em termos de população, complexo industrial-militar e riqueza de recursos. Mesmo que venha a enfrentar problemas de longo prazo, a Rússia continuará sendo uma força importante na arena internacional. O editor da revista ressalta que os políticos norte-americanos precisam decidir qual o caminho estratégico a seguir. O primeiro é transformar um concorrente quase igual em um parceiro quase igual; o outro é transformar um concorrente quase igual (e inimigo em potencial) em um concorrente desigual. Mas não devemos esquecer que esses são caminhos completamente diversos e, na sua implementação, são necessárias diferentes abordagens com graus variáveis de recursos e riscos. Gvosdev conclui que convém lembrar que a Rússia é uma potência nuclear.