Mil pessoas protestam contra a Alca em Monterrey

Cerca de mil pessoas marcharam, no último domingo, pelo centro de Monterrey, capital do estado mexicano de Nuevo León, para protestar contra a globalização econômica e a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), às vésperas da reunião dos presidentes do continente (menos o de Cuba).

O primeiro ato de ‘resistência civil contra a Cúpula Extraordinária das Américas’, que transcorreu pacificamente, foi liderado pelo Partido do Trabalho e o sindicato União Nacional dos Trabalhadores.

Com cartazes contra os Estados Unidos e palavras de ordem como ‘Não à Alca’ e ‘Bush, não tenha medo, não somos iraquianos’, os manifestantes iniciaram a marcha prevista para chegar até a sede do Palácio de Governo de Nuevo Léon, mas encontraram vários policiais do Batalhão de Choque espalhados a centenas de metros do local.

Durante meia hora, os militantes ameaçaram romper o cerco de segurança, argumentando que a Constituição Mexicana permite a livre manifestação e que a sede governamental é um edifício público.

Os líderes do Partido do Trabalho, Alberto Anaya, e da União Nacional de Trabalhadores, Ricardo Medellín, criticaram as medidas de segurança adotadas para proteger o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e os demais governantes, por ‘restringir a liberdade de expressão’.

Para amanhã, dia em que começa o encontro, estão previstos vários protestos, entre eles, os de devedores de bancos e grupos antiglobalização, todos contra a presença de Bush em Monterrey.